Um dos pilares da reestruturação da defesa sanitária estadual, o projeto de rastrear todo o rebanho bovino e bubalino está em elaboração pela Câmara Setorial da Carne Bovina. O texto deve ser enviado à Assembleia Legislativa em julho. O Estado espera ainda R$ 100 milhões de emenda ao Orçamento da União, com contrapartida de R$ 20 milhões do Piratini. Segundo o secretário Luiz Fernando Mainardi, a verba está garantida, depende só da execução do orçamento, prevista para o segundo semestre. Seriam cinco parcelas anuais de R$ 24 milhões. Do total, R$ 80 milhões iriam para o programa. Mas o deputado Luis Carlos Heinze, um dos autores da emenda, explica: os R$ 100 milhões são para o país e caberá ao Ministério da Agricultura definir o seu uso.
O recurso será aplicado na compra e distribuição de dispositivos, como brincos e chips, além de equipamentos para as inspeções veterinárias. A câmara também trabalha no fluxograma operacional, que inclui o levantamento de recursos humanos. Conforme a coordenadora da Cadeia Produtiva da Carne Bovina, Ana Suñe, a rastreabilidade será escalonada e começará por recém-nascidos. O programa deve ser obrigatório e gratuito.
O esqueleto do projeto está considerando sugestões dos membros da câmara e de produtores em diferentes regiões. No dia 13 de julho, autoridades, pesquisadores e produtores irão ao exterior em busca de ideias. As paradas serão na Austrália, pioneira em rastreabilidade e referência em marketing de carne, e na Nova Zelândia, que a partir de 1o de julho torna a certificação de origem obrigatória. “Estamos buscando referências que possam nos ajudar a tornar o projeto exequível, bem delineado e que facilite a vida do produtor”, disse Ana Suñe. Segundo Mainardi, a partir da rastreabilidade, reestruturação das IVZs e adequação do sistema de informática será possível colocar em prática o Instituto da Carne, que trabalhará na divulgação da carne gaúcha.
Fonte: Correio do Povo
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