As cotações do boi gordo atualmente giram entre R$9,90 e R$10,40/kg de carcaça, a prazo, sem bonificações. A oferta está mais restrita.
Isto significa uma alta de 2 a 4% nos últimos 10 dias, quando as indústrias pagavam entre R$9,70 e R$10,00/kg, nas mesmas condições.
O principal fator que colabora para esta diminuição da disponibilidade de animais para abate é o vazio forrageiro, que dura de fim de abril até junho/julho (variando conforme o clima).
Este ano, o vazio poderá ser um pouco mais longo, em função do atraso das pastagens de inverno devido à falta de chuvas no fim do verão e começo do outono.
As boas chuvas dos últimos dias deram um “alívio” para quem estava com pastagens implantadas e não havia umidade suficiente para germinação e/ou crescimento, porém, os animais oriundos destas áreas somente deverão ficar prontos para o abate daqui a 6 semanas, ou mais.
Até lá, a expectativa é de preços firmes com tendência de alta, mas que pode ser segurada, ou no mínimo diminuída, pela fraca demanda e dificuldade de repasse das altas de preços ao consumidor. Mesmo assim, a pouca disponibilidade de animais deverá “falar mais alto”.
A reposição também está firme, com o preço do terneiro variando entre R$5,80 e R$6,00/kg vivo. O que significa uma firmeza com pequena alta, considerando que há 10-15 dias, eram escassos os negócios na faixa superior de preços.
O novilho de 280 a 320kg gira entre R$5,00 e R$5,30/kg vivo.
Historicamente, a partir de maio o preço do terneiro tende a recuar, o que pode durar até outubro. Porém assim como no gado gordo, em curto prazo, a saída às compras dos invernadores que estavam esperando as chuvas pode colaborar para a firmeza dos preços.
Por Renato Bittencourt
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