segunda-feira, 14 de março de 2016

Embarques de gado vivo reagem no 1º bimestre


Depois de um péssimo ano de 2015, a exportação de gado vivo, aos poucos, tende a se recuperar. De acordo com informações do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), por meio da Secretaria de Comércio Exterior (Sedex), nos meses de janeiro e fevereiro de 2016 foram embarcados 30.535 animais ao exterior, alta de 60,1% em relação às 18.810 cabeças do mesmo período do ano passado.

O maior aumento foi em fevereiro, saltando de 4.000 cabeças em 2015 para 13.742 neste ano, crescimento de quase 244%.

Embora o desempenho seja positivo em comparação com o ano passado, os números ainda estão muito aquém de dois anos atrás. O volume deste ano representa apenas 19,1% do total de animais vivos embarcados ao exterior no primeiro bimestre de 2014.

A queda das exportações dos dois últimos anos está atrelada à crise na Venezuela, que é um dos principais compradores de gado vivo do Brasil, chegando a ser responsável por quase 90% da demanda dos dois primeiros meses do ano. "Estamos lutando pela abertura de novos mercados. É claro que os venezuelanos serão sempre importantes parceiros comerciais, mas não podemos ser totalmente dependentes de um só mercado", destaca Gil Reis, presidente-executivo da Associação Brasileira de Exportadores de Gado (Abeg).

Como principais países em potencial de abertura ou reabertura, Reis cita Arábia Saudita, Egito e, principalmente, China. Outros players que podem se tornar importantes parceiros comerciais do Brasil são México, Colômbia, Indonésia, Panamá, Malásia, Vietnã e Tailândia.

No primeiro bimestre deste ano, os principais destinos do gado vivo do Brasil foram: Líbano e Iraque, em janeiro, e a Turquia, em fevereiro. Embora tenham puxado a demanda dos primeiros meses do ano, esses países não são clientes frequentes do Brasil e costumam variar suas compras ao longo do ano, como explica Isabella Camargo, zootecnista e analista de mercado da Scot Consultoria. "Nesses mercados o Brasil sofre a concorrência da União Europeia, o que faz com que esses países não sejam clientes frequentes. A última compra do Líbano e Iraque, por exemplo, havia sido em setembro do ano passado. Já a Turquia havia importado gado vivo do Brasil pela última vez em 2013", analisa.

Fonte: Portal DBO.

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