Plano Safra Gaúcho dispõe de R$ 3 bilhões
Volume disponibilizado para financiamentos agrícolas atingiu recorde
ANDRÉ NETTO/ARQUIVO/JC
Com recursos de R$ 3 bilhões do sistema financeiro estadual - Banrisul, Badesul e BRDE -, foi lançado ontem no Palácio Piratini, o Plano Safra Gaúcho 2016/2017. São R$ 2,1 bilhões do Banrisul, R$ 550 milhões do BRDE e R$ 350 milhões do Badesul. O montante total destinado pelo governo estadual é recorde. Em 2015, o Plano Safra Gaúcho disponibilizou R$ 2,8 bilhões, volume superior ao do ano anterior: R$ 2,74 bilhões.
Dos R$ 2,1 bilhões que podem ser aportados via Banrisul, R$ 1 bilhão é destinado para custeio, R$ 600 milhões para comercialização e R$ 500 milhões para investimento. Estão previstos financiamentos para agricultores familiares (Pronaf), médios produtores (Pronamp) e agricultores empresariais, cooperativas, agroindústrias, beneficiadores, cerealistas e demais empresas do setor.
A maior parte das operações envolvendo os R$ 500 milhões disponibilizados pelo BRDE são relacionadas a projetos de irrigação e de armazenagem; aquisição de máquinas e equipamentos; pesquisas e tecnologia; obras civis; e projetos sanitários e ambientais. Recursos para compra de máquinas, equipamentos e implementos também podem ser financiados dentro dos R$ 350 milhões viabilizados pelo Badesul, que ainda oferece linhas de crédito para projetos de açudes, correção de solo e armazenagem.
"Este Plano Safra recorde é fruto de um esforço do governo. Apesar do momento de dificuldades, demonstra a crença no setor que contribui para o desenvolvimento da economia do Rio Grande do Sul. Estes recursos estarão à disposição no sistema financeiro estadual a partir de 1 de julho para que os agricultores já comecem a pensar na safra de verão", anunciou o governador José Ivo Sartori.
O governador elogiou o trabalho integrado das secretarias da Agricultura, Pecuária e Irrigação e do Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo. "A união, a construção coletiva e a articulação em favor do crescimento são premissas do nosso governo. Assim reafirmamos nosso compromisso com os produtores rurais e com o desenvolvimento no campo", afirmou.
O secretário da Agricultura, Ernani Polo, afirmou que viabilizar recursos aos produtores, por meio das instituições financeiras, "é investir no retorno imediato na economia do estado". O secretário do Desenvolvimento Rural, Tarcísio Minetto, disse que o Plano Safra permite aos produtores planejar seus investimentos e até ampliá-los. "Para os pequenos produtores, representa investimento em tecnologia para aumentar a produção."
Representando os produtores rurais, Vinícios Ivan Andreazza, 19 anos, contou como financiamentos obtidos nas linhas do Plano Safra mudaram a realidade da propriedade da família. "Com o foco na qualidade, fiz cursos e adquirimos tecnologia. Aumentamos a produção e hoje temos sete funcionários." O presidente da Cooperativa Mista São Luiz (Coopermill) de Santa Rosa, Joel Antônio Capeletti, destacou a importância destes recursos para o sistema cooperativo.
O superintendente do Banco do Brasil (BB) no Rio Grande do Sul, Edson Bündchen, adiantou que, até o final do ano, o BB deve liberar R$ 10 bilhões para o agronegócio gaúcho. Do total de recursos disponibilizados pelo governo federal, 62% são financiados pelo Banco do Brasil e o RS fica com 20% do montante total desembolsado pelo BB.
fonte: Jornal do Comercio
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