O Ministério da Agricultura (Mapa) autorizou a Associação Brasileira de Angus a dar início aos registros de animais Ultrablack no Brasil. A liberação foi homologada pela portaria 183, de 2 de fevereiro de 2017. A nova raça, originária da Austrália, é resultado do cruzamento de animais Angus e zebuinos com, no mínimo, 80% de sangue Angus. Os exemplares são mochos e têm pelagem lisa preta ou vermelha, apresentando um biotipo adaptado à produção de carne de qualidade no Brasil Central, especialmente quando usado no cruzamento com fêmeas F1 Angus x Zebu.
O gado Ultrablack ganhou representatividade entre os pecuaristas australianos, tradicional região de criação de Angus. Seguindo características que já são tradicionais do gado Angus, o Ultrablack é um bovino dócil, com destacada aptidão materna e baixo peso ao nascer, o que facilita a reprodução. Além disso, tem ampla capacidade de adaptação, um fator extremamente interessante para garantir a produtividade no Centro-Oeste brasileiro.
A carne do Ultrablack tem alto índice de marmoreio e sabor diferenciado. Segundo o presidente da Associação Brasileira de Angus, José Roberto Pires Weber, a entidade, preocupada com a continuidade do cruzamento industrial e com uma maior eficiência reprodutiva das fêmeas F1 Angus, foi buscar o que havia de mais moderno no mundo para cruzamento. “É uma novidade que vem facilitar e qualificar ainda mais o cruzamento industrial do Brasil, permitindo a maximização do uso de genética Angus na região”, pontuou.
Segundo o consultor escocês Don Nicol, que em 2016 esteve no Brasil reunido com produtores brasileiros para falar sobre o Ultrablack, os criadores precisam abrir os olhos para essa nova possibilidade. “Recomendo que deem uma olhada com atenção nesse novo animal”, pontuou o especialista que, por anos, atuou o melhoramento do rebanho australiano.
fonte: Comprerural
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