quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Angus: polêmica sobre controle de sêmen importado


A raça Angus deve comercializar mais de 3 milhões de doses de sêmen em 2012 no país, prevê a Associação Brasileira de Angus (ABA). Deste total, cerca de 2 milhões são importadas, especialmente dos Estados Unidos.
Parte deste material genético consumido pelo Brasil é o que se classifica como “restolho”, sêmen que sobra em propriedades norte-americanas. Segundo o pecuarista Fábio Gomes, da Cabanha Catanduva, de Cachoeira do Sul, hoje inexistem critérios de qualidade para a importação de sêmen.
A preocupação com material genético adequado ao meio cresce à medida que especialistas preveem falta de sêmen Angus à disposição em 2013, devido ao consumo ascendente no Brasil.
No Brasil, o Ministério da Agricultura é responsável por monitorar as importações. Para Gomes, o governo não está fazendo a sua parte. O vice-presidente da ABA, José Pires Weber, diz que o produtor brasileiro está refém do mercado e que a situação piorou desde a venda da Central Bela Vista.
O fiscal federal agropecuário Luiz Felipe Ramos Carvalho, da Coordenação de Produção Integrada da Cadeia Pecuária do Mapa, diz que o termo “avaliação da qualidade” do sêmen é subjetiva e pode ser feita por meio de três controles hoje desenvolvidos pelo Mapa. O primeiro deles, sanitário, dá garantia de que o sêmen não veicula patógenos; o de identificação e fertilidade, em cima da manufatura; e o zootécnico, que considera o desempenho do doador. “Os touros devem ser submetidos a provas zootécnicas e serem superiores à média da raça no país de origem.”
FONTE: BEEFPOINT

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