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Novos mercados devem ampliar exportações de carne bovina no ano que vem. Abiec prevê recorde de embarques do país Após dois anos consecutivos, os pecuaristas brasileiros voltaram a conseguir uma remuneração acima dos custos de produção. Entre os meses de janeiro e setembro, os preços da arroba do boi gordo subiram, em média, 11% em relação ao mesmo período de 2012 em todo o país. Já o Custo Operacional Efetivo (COE), que inclui as despesas do dia a dia da propriedade, e o Custo Operacional Total (COT), que contempla os gastos diários mais a reposição de patrimônio do empreendimento, subiram 8,42% e 7,93%, respectivamente. As informações são do boletim Ativos da Pecuária de Corte, elaborado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP). Segundo o levantamento, além da menor oferta de gado a pasto houve uma queda no volume de animais confinados para o abate. O cenário para 2014 também é bastante positivo na visão do presidente do Fórum Nacional da Pecuária de Corte da CNA, Antenor Nogueira. O executivo vislumbra a manutenção de preços e a expansão das exportações. A projeção está baseada no aumento do consumo em mercados hoje já atendidos pelo Brasil e na abertura de novos clientes, como a Tailândia e os Estados Unidos. Os norte-americanos nunca compraram carne in natura do Brasil. “Existe uma sinalização muito boa para a venda de carne in natura. Todas as análises de risco passaram, foi aberta uma consulta pública e agora se acredita que isso possa acontecer no próximo ano”, afirma ele. No mesmo embalo de confiança, a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) já cogita recorde de 8 bilhões de dólares nas vendas externas para o próximo ano. De acordo com o presidente da Abiec, Antônio Camardelli, o dólar valorizado frente ao real deve permitir a ampliação de aproximadamente 20% nos embarques no próximo ano. Até o mês passado, foram exportadas 1,35 milhão de toneladas em todo o país. No período, o faturamento alcançou 6 bilhões de dólares, segundo levantamentos da associação. (Patrícia Meira)
fonte: Correio do Povo
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