por Alex Santos Lopes da Silva
As vendas de carne bovina cresceram em 2013 e sustentaram o mercado do boi gordo mesmo com o aumento dos abates.
A situação macroeconômica do país não é das melhores, com inflação em alta, aumento da taxa de juros e expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2,5% (Relatório Focus - Banco Central), abaixo da média da América Latina, estimada em 2,7% pelo Fundo Monetário Internacional. Ainda assim, a demanda interna por carne bovina surpreendeu.
Considerando 52 semanas de acompanhamento de preços dos cortes sem osso no mercado atacadista, em 35 delas, 67,0% do período, os preços estiveram maiores que os de 2012.
No varejo, os preços maiores foram menos frequentes e ocorreram em 32 semanas. Figuras 1 e 2.
A situação macroeconômica do país não é das melhores, com inflação em alta, aumento da taxa de juros e expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2,5% (Relatório Focus - Banco Central), abaixo da média da América Latina, estimada em 2,7% pelo Fundo Monetário Internacional. Ainda assim, a demanda interna por carne bovina surpreendeu.
Considerando 52 semanas de acompanhamento de preços dos cortes sem osso no mercado atacadista, em 35 delas, 67,0% do período, os preços estiveram maiores que os de 2012.
No varejo, os preços maiores foram menos frequentes e ocorreram em 32 semanas. Figuras 1 e 2.
Embora a margem da indústria frigorífica que desossa tenha ficado, na média do ano, em 23,2%, quatro pontos percentuais menor que a de 2012, é preciso considerar que o número de 2013 foi construído sobre um custo de matéria prima, boi gordo, 7,3% maior, na média dos doze meses.
Considerando somente o segundo semestre, a cotação da arroba do boi gordo ficou 12,2% mais alta este ano, atingindo o maior valor nominal da história, R$115,00/@, e foi justamente o período em que a margem da indústria voltou a crescer (figura 3).
Ou seja, a carne sustentou o resultado do frigorífico.
Perspectivas
A expectativa para 2014 é mais uma vez de consumo bom. Anos eleitorais geralmente são marcados por medidas de estímulo ao consumo.
O aumento do salário mínimo em 6,6%, superior à inflação de 2013 calculada pelo IPCA (Índice Geral de Preços ao Consumidor Amplo) em 5,8% (de novembro a novembro), que entrará em vigor em janeiro de 2014, certamente gerará algum reflexo positivo no consumo de carne bovina.
Além disso, eventos como a Copa do Mundo geram efeitos semelhantes aos de feriados e datas comemorativas, com aumento no consumo.
Entretanto, é preciso ficar atento ao cenário macroeconômico.
A previsão é que 2014 termine com crescimento do PIB em 2,0%, segundo o Relatório Focus, taxa menor que a estimada para 2013. A geração de riquezas do país está baseada fortemente no consumo interno.
fonte: Scot Consultoria
Nenhum comentário:
Postar um comentário