sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Sistema eletrônico irá monitorar a saúde e o trânsito do gado em MS

Novo brinco possui um chip capaz de armazenar dados como cor e espécie.
Projeto de rastreabilidade é inédito no Brasil.


O novo sistema eletrônico fará o monitoramento da saúde e do trânsito do gado em 13 municípios da zona de fronteira de Mato Grosso do Sul. A mudança será realizada para garantir o aumento da segurança na produção de carne.
Os primeiros animais a receberem a identificação eletrônica estão no município de Mundo Novo, no extremo sul de Mato Grosso do Sul. A região faz parte da antiga Zona de Alta Vigilância. Desde 2008, os animais usam brincos de identificação. Agora, esses brincos serão substituídos pelo novo sistema de brincos eletrônicos.
“O sistema manual causava muita dificuldade principalmente de manejo e principalmente durante o trânsito. Tinha que relacionar manualmente os animais. Ocorriam muitos erros durante o transporte, inclusive com devolução de animais. Na verdade, isso tinha pouca eficiência”, diz Luciano Chiochetta, chefe da Divisão de Defesa Sanitária Animal da Iagro.
Nesta fase, médicos veterinários, contratados pela Iagro, fazem o cadastramento das propriedades rurais e dos animais. Os dados são lançados no sistema. O novo brinco possui um chip capaz de armazenar informações como cor, raça, espécie, sexo e dados do proprietário. O sistema também irá monitorar toda a comercialização de bovinos na região de fronteira com o Paraguai e Bolívia.
O produtor rural Paulo César, que cria 1,6 mil cabeças de gado no município, aprovou a novidade. Todos os anos, o criador comercializa uma média de 400 animais. Para o pecuarista, o novo sistema vai agilizar os trabalhos no embarque.
O projeto de rastreabilidade é inédito no Brasil. A estimativa é que em um ano cerca de 800 mil cabeças de gado que estão na antiga Zona de Alta Vigilância, desde a fronteira de Mato Grosso do Sul com a Bolívia até o Paraguai, recebam a identificação eletrônica.
Para Luciano Chiochetta, a rastreabilidade aumentará a confiança de comercialização do rebanho que está na faixa de fronteira para o mercado externo. "Além de manter a sanidade, é conseguir liberar a região de fronteira para mercados em que a fronteira ainda não é habilitada, como União Europeia e Chile. Com isso, agregar valor para animais dessa região”, diz
O governo de Mato Grosso do Sul pretende inscrever sete mil fazendas no novo sistema eletrônico no prazo de um ano.
fonte: G1

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