Sabemos que o nutriente mais
limitante nos solos do Rio Grande do Sul é o fósforo então, vamos analisar a
dinâmica deste elemento durante a lavoura de soja e no “aproveitamento” pela
pastagem de azevém desta adubação residual.
A recomendação de adubação para
a lavoura de soja depende, previamente, de uma análise de solo. Levando em consideração
um solo com nível de P2O5 baixo, a necessidade de suprimento de fósforo é da ordem de 60 kg
de P2O5/ha.
Conforme a tabela abaixo, podemos ver a quantidade
de P2O5 extraída no grão de soja dependendo da
produtividade.
Tabela 1 –
Absorção e exportação de P2O5 pelos grãos dependendo da
produtividade da soja
Extração de P2O5 conforme a
produtividade da soja
|
|||
Produtividade
|
40 sc/ha
|
50 sc/ha
|
60 sc/ha
|
Parte
da Planta
|
kg/ha
|
||
Grãos
|
20
|
25
|
30
|
Restos
culturais
|
10,8
|
13,5
|
16,2
|
Total
|
30,8
|
38,5
|
46,2
|
Oliveira et all, 2007.
Conforme a tabela acima, considerando-se
uma produtividade de 50sc/ha de soja, os grãos exportam 25 kg/ha de P2O5.
Portanto, se a adubação foi da ordem de 60 kg de P2O5/ha
restaram 35 kg de P2O5/ha na solução do solo e nos restos
culturais da soja.
A necessidade de fósforo da pastagem de azevém
para um solo com nível baixo, como
foi mencionado acima, é de 80 kg de P2O5/ha e com isso
existe um déficit de 45 kg de P2O5/ha
que deve ser adicionado a partir de uma fórmula de adubo para suprir a
necessidade da cultura do azevém e potencializar o rendimento desta pastagem.
Com isso a capacidade de suporte
desta pastagem será bem mais interessante que aquela que não recebe adubação
após a colheita da soja e a ciclagem de nutrientes que os animais farão durante
o pastejo irá beneficiar a cultura de verão subsequente.
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