“Existe na Rússia um processo econômico parecido com o que encontramos nos últimos anos no Brasil, com uma classe média emergente e cada vez mais exigente com os produtos que consome. Com a carne não é diferente e, assim, podemos dizer que a carne de qualidade superior brasileira, como a da raça Angus, ganha mercado com o aumento do envio ao país”, ressalta o diretor executivo da Abiec, Fernando Sampaio.
Maior programa de certificação de carne do Brasil e único a contar com reconhecimento internacional, o Programa Carne Angus Certificada, da Associação Brasileira de Angus, se mostra preparado para lidar com a grande demanda que está por vir do leste europeu. De acordo com o presidente da Associação, Paulo de Castro Marques, nos próximos anos quem investir em pecuária e, principalmente, na produção de carne de qualidade, tende a lucrar ainda mais.
“Estamos em meio a um movimento positivo para toda a cadeia. Teremos necessidade de produzir mais, abater mais, valorizando, assim, o trabalho do produtor e da indústria como um todo”, afirma Paulo de Castro Marques.
Salvador destaca, ainda, que a Rússia é grande importadora de animais da raça Angus vivos, principalmente dos Estados Unidos, Canadá e Austrália. “Com esta maior abertura, podemos vislumbrar um ganho de mercado também com o envio de gado vivo brasileiro para o país”, projeta o dirigente e pecuarista.
A Associação Brasileira de Angus conta com quatro frigoríficos parceiros já habilitados para o envio de carne in natura à Rússia: Marfrig, JBS, Frigorífico Silva e Frigol. “A Carne Angus Certificada do Brasil tem as características ideais para o mercado da Rússia. Produzimos uma carne de alta qualidade e maciez, com níveis equilibrados de marmoreio, 100% rastreada e livre de hormônios e promotores de crescimento como a ractopamina, proibida pelo mercado Russo”, pontua o gerente do Programa Carne Angus Certificada, Fábio Medeiros.
A Rússia é hoje o segundo maior comprador de carne in natura brasileira, atrás apenas de Hong Kong, porta de entrada para o envio da carne brasileira à China. Dados da Abiec mostram que no 1º semestre de 2014 foram enviadas, em média, 24 mil toneladas do produto para os russos por mês. Este volume já apresentou considerável aumento em julho deste ano, quando foram enviadas 41 mil toneladas para o país do leste europeu.
Fonte: ABA
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