Acordo firmado entre companhia e Alianza Del Pastizal atenderá a mercados mais exigentes
Patrícia Comunello
Uma das marcas registradas da pecuária gaúcha, que é a produção extensiva graças à riqueza natural do Bioma Pampa, em breve será estampada em cortes de um dos maiores processadores de proteína vermelha no mundo. O Marfrig firmou acordo com a rede de produtores conhecida como Alianza del Pastizal e passará a distinguir nas embalagens os cortes originários de propriedades que têm metade da área de pastagem de campo nativo.
O consumidor reconhecerá a diferença em selo com a distinção carnes del pastizal (a pasto). A parceria, que terá a certificação a partir das regras de um rígido protocolo adotado pela Alianza del Pastizal, é vista como oportunidade para agregar à qualidade da carne gaúcha, com sua base de raças britânicas e seus cruzamentos, também o quitute da sustentabilidade. Neste caso, ligado ao tipo de manejo no campo e incentivo à combinação da alimentação natural e suplementação por pastagem cultivada.
O gerente de fomento da Marfrig no Estado, Diego Alagia Brasil, disse que a estreia nas gôndolas em mercados provavelmente do Sudeste e até do exterior será em breve. Agora, a novidade está na fase de calibrar a oferta de animais nas plantas de abate (são três em operação - Alegrete, São Gabriel e Bagé) e regularidade no processamento. A companhia já tem marca - Marfrig Club, que diferencia cortes oriundos de programas de certificação de associações de criadores, modalidade que é apontada como uma das responsáveis pelo avanço do mercado para carnes com qualidade, que têm a oferta maior a partir da matéria-prima gaúcha. Atualmente, as unidades do Marfrig abatem 1,6 mil cabeças por dia, com ociosidade de mais de 20%. A produção gaúcha responde por 6,5% do processamento da companhia no País.
Brasil explica que o selo será acoplado a outras identificações quando a origem for de propriedades que seguem o protocolo do pasto nativo. A reabertura de mercados externos, como russo, e conquista de novos devem pressionar por mais oferta. O suprimento é apontado como a razão que levou ao quase fechamento da planta de Alegrete, com futuro a ser definido. As unidades do Marfrig são habilitadas para exportação. Um grupo de 100 produtores donos de propriedades integrantes da Alianza fornecerá bovinos para a indústria na largada do projeto. “Eles representam menos de 5% dos produtores que entregam animais, mas acreditamos que 90% dos atuais fornecedores poderão se enquadrar na especificação”, aposta o gerente de fomento.
São todos integrantes da rede, que também une produtores no Uruguai, na Argentina e no Paraguai. Na Argentina, segundo o agrônomo e coordenador técnico da Alianza, Marcelo Fett Pinto, a carne com o selo está no mercado e passou a ser exportada. O agrônomo destaca atributos ligados ao ambiente e sustentabilidade das propriedades. Para validar práticas, a rede tem a chancela da organização conservacionista britânica BirdLife International, que congrega todas as entidades que aderem à visão da Alianza del Pastizal. O resultado do primeiro remate de animais da Alianza, em abril, mostrou reconhecimento da rede, observou Pinto. O valor do quilo vivo médio ficou 15% acima dos melhores preços das praças locais, assegurou o agrônomo. “O produto vai se consolidar cada vez mais. É uma exigência do mercado, é o que o consumidor quer”, entusiasma-se o agrônomo.
O consumidor reconhecerá a diferença em selo com a distinção carnes del pastizal (a pasto). A parceria, que terá a certificação a partir das regras de um rígido protocolo adotado pela Alianza del Pastizal, é vista como oportunidade para agregar à qualidade da carne gaúcha, com sua base de raças britânicas e seus cruzamentos, também o quitute da sustentabilidade. Neste caso, ligado ao tipo de manejo no campo e incentivo à combinação da alimentação natural e suplementação por pastagem cultivada.
O gerente de fomento da Marfrig no Estado, Diego Alagia Brasil, disse que a estreia nas gôndolas em mercados provavelmente do Sudeste e até do exterior será em breve. Agora, a novidade está na fase de calibrar a oferta de animais nas plantas de abate (são três em operação - Alegrete, São Gabriel e Bagé) e regularidade no processamento. A companhia já tem marca - Marfrig Club, que diferencia cortes oriundos de programas de certificação de associações de criadores, modalidade que é apontada como uma das responsáveis pelo avanço do mercado para carnes com qualidade, que têm a oferta maior a partir da matéria-prima gaúcha. Atualmente, as unidades do Marfrig abatem 1,6 mil cabeças por dia, com ociosidade de mais de 20%. A produção gaúcha responde por 6,5% do processamento da companhia no País.
Brasil explica que o selo será acoplado a outras identificações quando a origem for de propriedades que seguem o protocolo do pasto nativo. A reabertura de mercados externos, como russo, e conquista de novos devem pressionar por mais oferta. O suprimento é apontado como a razão que levou ao quase fechamento da planta de Alegrete, com futuro a ser definido. As unidades do Marfrig são habilitadas para exportação. Um grupo de 100 produtores donos de propriedades integrantes da Alianza fornecerá bovinos para a indústria na largada do projeto. “Eles representam menos de 5% dos produtores que entregam animais, mas acreditamos que 90% dos atuais fornecedores poderão se enquadrar na especificação”, aposta o gerente de fomento.
São todos integrantes da rede, que também une produtores no Uruguai, na Argentina e no Paraguai. Na Argentina, segundo o agrônomo e coordenador técnico da Alianza, Marcelo Fett Pinto, a carne com o selo está no mercado e passou a ser exportada. O agrônomo destaca atributos ligados ao ambiente e sustentabilidade das propriedades. Para validar práticas, a rede tem a chancela da organização conservacionista britânica BirdLife International, que congrega todas as entidades que aderem à visão da Alianza del Pastizal. O resultado do primeiro remate de animais da Alianza, em abril, mostrou reconhecimento da rede, observou Pinto. O valor do quilo vivo médio ficou 15% acima dos melhores preços das praças locais, assegurou o agrônomo. “O produto vai se consolidar cada vez mais. É uma exigência do mercado, é o que o consumidor quer”, entusiasma-se o agrônomo.
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