sábado, 3 de janeiro de 2015

“Quando não se quer avançar, não se avança. E nitidamente o setor não quis”




Prestes a deixar a pasta da Agricultura, o secretário Claudio Fioreze disse que considera como sua grande frustração a falta de avanços na organização da cadeia da bovinocultura de corte. Em decorrência disso, segundo ele, não foi possível implantar a rastreabilidade do rebanho gaúcho. “Quando não se quer avançar, não se avança. E nitidamente o setor não quis”, afirmou. Para Fioreze, a rastreabilidade tem importância tanto sanitária quanto comercial e ajudaria a combater o abigeato. A ideia de criar um programa de incentivo à recria, de modo a melhorar os índices de fertilidade do rebanho bovino, também ficou no papel. Fioreze, que foi  secretário-adjunto e assumiu a titularidade em março, justifica que, sem avanços na rastreabilidade as demais iniciativas ligadas à cadeia acabaram “sucumbindo”. 
Entre as conquistas do período, cita o diálogo com as 19 cadeias produtivas e a execução dos programas de Correção do Solo, Mais Água Mais Renda, Mais Ovinos no Campo e Dissemina. No caso da ovinocultura, foram aplicados R$ 114 milhões, o que permitiu aumentar o rebanho em 27%. Já a área irrigada, conforme o secretário, duplicou.

O diretor da Farsul, Jorge Rodrigues, disse que o setor não é contra a rastreabilidade, mas que é necessário estar atento à viabilidade. “Acho que houve falta de diálogo e de entendimento com o setor.”

Fonte: Correio do Povo

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