A MetSul Meteorologia adverte sobre um cenário de alto risco aqui no Sul do Brasil nos próximos dias com temporais e chuva extrema em algumas regiões. A instabilidade voltou a ser intensa nas últimas horas sobre pontos dos estados de Santa Catarina e do Paraná com a formação rápida de um CCM (Complexo Convectivo de Mesoescala) e se manterá na parte meridional do Brasil, pelo menos, até a metade da semana que vem com alguns intervalos de melhoria. Há modelos numéricos globais indicando que o tempo poderia firmar no decorrer da terça-feira no Rio Grande do Sul, mas outros projetam chuva até a próxima quinta-feira na Metade Norte gaúcha por conta de frente semi-estacionária entre o Norte/Nordeste do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e o Oeste do Paraná. Volumes extremos a extraordinários de chuva são esperados no períodos dos próximos cinco a sete dias em parte do Sul do Brasil. Os mapas abaixo trazem a projeção de chuva para uma semana do modelo Brasileiro Cosmos/Inmet que está em pleno acordo com as projeções de outros modelos internacionais, exceto o do norte-americano GFS que concentra a chuva mais extrema quase totalmente no Paraná.
No caso aqui do Rio Grande do Sul, preocupa muito o cenário indicados pelos modelos de chuva excessiva na divisa com Santa Catarina, exatamente na bacia do Rio Uruguai. Modelo europeu projeta 200 mm a 300 mm em 7 dias no Médio e Alto Uruguai. Outros modelos prevêem 100 a 200 mm. Alguns dos modelos consultados não limitam a chuva excessiva à divisa com Santa Catarina, mas projetam também a possibilidade de áreas mais ao Sul da Metade Norte como a Serra, os vales e a Grande Porto Alegre, também terem muita chuva. Por isso, outros rios que cortam a Metade Norte, além do Rio Uruguai, igualmente exigirão atenção ante a possibilidade de cheias. No caso do Uruguai, o quadro é de muito alto risco e mesmo uma cheia de maiores proporções não pode ser afastada. A situação exige muita atenção ainda em Santa Catarina, especialmente no Meio-Oeste e o Oeste, e no Paraná. Estas regiões igualmente devem ter chuva extrema. Modelo europeu chega a projetar 300 mm a 400 mm para o Sudoeste do Paraná, nas áreas de Pato Branco, Francisco Beltrão, Foz do Iguaçu, Medianeira e outras cidades). Crucial, entretanto, não se fixar em projeções nominais de volumes ante a grande variabilidade natural da chuva, mas na perspectiva de precipitações excessivas e muito acima da média. Atente abaixo no mapa para as impressionantes anomalias de chuva nos próximos dias no Sul do Brasil, com base na projeção do modelo GFS. Além de cheias de rios, podem ser esperados problemas como alagamentos, inundações, queda de barreiras e possivelmente bloqueios de algumas rodovias. Áreas de encostas exigirão monitoramento ante a ameaça elevada de deslizamentos de terra.
Corrente de jato (vento) em baixos níveis trará ar quente e vai gerar risco de temporais de vento forte e granizo no Sul do Brasil. O “jato” atua mais sobre os territórios paranaense e catarinense no fim de semana e na segunda se reforça muito sobre o Sul do Brasil, e vai atingir o Rio Grande do Sul. Advertimos que alguns temporais no período podem ser até localmente intensos a severos com estragos. Esse é desenho atmosférico comum em eventos tornádicos de inverno. O risco é maior de tempo severo amanhã e domingo em Santa Catarina e no Paraná, mas não são afastados temporais isolados na Metade Norte gaúcha. Em geral, aqui no Rio Grande do Sul o dia de maior risco de tempestades é na segunda-feira, especialmente concentrado sobre a Metade Norte.
fonte: MetSul
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