O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), por meio do Manual de Boas Práticas de Manejo – Transporte, disponibilizou recomendações referentes ao transporte de bovinos.
Segundo o documento, durante o transporte, a intensidade de estresse é variável, dependendo da forma com que os animais são manejados, das condições em que são transportados, da duração da viagem, das condições das estradas e do clima, entre outros fatores.
Os principais problemas durante os manejos de embarque e transporte são: agressões diretas, formação de novos grupos, instalações e transporte inadequados. Quando as condições de transporte não são boas, com estradas ruins, viagens longas, caminhões e compartimentos de carga em mau estado de conservação e direção sem cuidado, o estresse é mais intenso e os riscos de ferimentos e de mortes de animais aumentam.
Por isso, todos os envolvidos com o transporte – equipes das fazendas, responsáveis pela compra do gado, transportadoras, motoristas boiadeiros e responsáveis pela recepção dos bovinos nos abatedouros – devem conhecer o comportamento e as necessidades dos bovinos, para que possam realizar as atividades com o cuidado necessário, reduzindo os riscos de estresse, de ferimentos e de morte de animais durante as viagens.
O planejamento e a organização do transporte são responsabilidades das fazendas, transportadoras, motoristas e abatedouros. O manual recomenda que se defina previamente quais animais serão transportados –categorias e números, o tipo de veículo a ser utilizado, o número de veículos necessários, as rotas, datas e horários previstos para o embarque e o desembarque e quem serão os motoristas responsáveis pelo transporte.
As fazendas precisam preparar os lotes de embarque com antecedência e de forma correta, além de providenciar os documentos necessários para a viagem. As transportadoras e os motoristas devem manter os veículos em boas condições e ter conhecimentos sobre a situação das estradas. Os motoristas têm de ser treinados em boas práticas de manejo no transporte e estarem atentos a todas as informações sobre a viagem. Os abatedouros devem estar preparados para realizar o desembarque dos animais com agilidade e eficiência.
Há uma série de documentos que são necessários para o transporte de bovinos. Alguns deles são de responsabilidade da fazenda e devem ser conferidos pelo encarregado do embarque. Outros são de responsabilidade das transportadoras e dos motoristas boiadeiros. É obrigação do motorista boiadeiro verificar se os documentos do veículo e carteira de habilitação estão em ordem e dentro dos prazos de validade.
Além dos documentos básicos, do motorista e do veículo, para o transporte de bovinos são também necessários os documentos dos animais, como as Guias de Trânsito de Animal (GTAs), as notas fiscais do produtor, com informações sobre a origem e o destino dos animais, e, em alguns casos, os documentos de identificação animal.
Segundo o manual, é importante definir pontos estratégicos para paradas de emergência. Por isso, o motorista deve dispor de informações sobre fazendas ou outros locais de parada que ofereçam condições para o desenvolvimento de ações efetivas a fim de solucionar os problemas.
Em caso de acidentes, se todos os cuidados necessários foram tomados adequadamente, a gravidade acabará sendo minimizada. Procedimentos de rotina devem ser tomados, como discar para o 191 ou o número de emergência das rodovias privatizadas e, se necessário, solicitar socorro médico. Caso os animais fiquem soltos na estrada, é preciso providenciar a sinalização para evitar atropelamentos e buscar auxílio para conduzi-los a local seguro.
A adoção das boas práticas de manejo durante o transporte de bovinos visa a proporcionar maior segurança e conforto para os motoristas e reduzir as situações de risco que prejudicam o bem-estar dos animais e causam perdas quantitativas e qualitativas da carne.
Fonte: Mapa, adaptado pela Equipe BeefPoint.
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