sábado, 14 de maio de 2016

Brasil pode exportar 15 mil bovinos ao Egito por mês


País árabe vai retomar importação de gado vivo do Brasil após suspensão das compras, em 2014, devido a divergências relacionadas a testes de febre aftosa.

As exportações de gado vivo brasileiro para o Egito poderão atingir até 15 mil cabeças por mês e fazer do país do Norte da África o segundo maior comprador do Brasil na área, segundo estimativas do gerente de Relações Governamentais da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, Tamer Mansour. Na quarta-feira (11), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento anunciou que o Egito vai voltar a comprar gado em pé do País, o que estava suspenso desde o segundo semestre de 2014.

“Essa retomada é muito positiva, afinal é um mercado que agora reabre suas compras de animais do Brasil. A carne produzida aqui tem que estar nos países árabes para que se reafirme a confiança na qualidade sanitária do gado brasileiro. Sobretudo porque o rebanho brasileiro é alimentado em pasto (com capim)”, afirmou Mansour.

Em 2014, o Egito deixou de importar gado brasileiro devido a divergências entre os serviços sanitários do Brasil e do Egito ao interpretar testes de laboratório para análise da febre aftosa. Desde então, os dois países passaram a trabalhar juntos para solucionar o impasse.

Gado vivo é importado por empresas que desejam abater o animal em suas plantas e atender uma demanda específica dos consumidores. Segundo Mansour, a retomada dessas importações não deverá afetar a venda de carne in natura do Brasil para o Egito. “São públicos diferentes. O gado vivo é para ser abatido no país e vendido ao consumidor local. Já a carne congelada tem como destino principal as indústrias”, disse.

Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), em 2014 o Brasil exportou US$ 16,8 milhões em gado vivo para o Egito, em um total de 23 mil cabeças. No total, foram exportados US$ 633 milhões em um total de 624,5 mil animais naquele ano. Em 2015, já sem as vendas para o Egito, o faturamento com os embarques foi de US$ 198 milhões.

Ainda de acordo com os dados do MDIC, no ano passado o principal comprador de gado em pé do Brasil foi a Venezuela, que importou 117 mil cabeças. O Líbano foi o segundo maior importador, com 50 mil cabeças. A Jordânia foi o terceiro principal cliente e o Iraque foi o quarto.

Marcos Carrieri
marcos.carrieri@anba.com.br

fonte: AMBA Agencia de Noticias Brasil-Arabe

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