O Brasil exportou 693.713 bovinos vivos de janeiro a outubro deste ano, aumento de mais de 70% em relação aos mesmos 10 meses de 2017, quando vendeu 400.660 cabeças para o mercado externo. O volume de animais embarcados no acumulado de 2018, até outubro, é recorde para o período da série histórica, iniciada em 2002, segundo a Associação Brasileira de Exportadores de Animais Vivos (Abreav). A entidade projeta que o país fechará o ano com exportações de 750 mil cabeças de gado vivo, desempenho igualmente inédito nos últimos anos.
A Turquia é o principal destino das exportações brasileiras de bovinos vivos. Egito, Líbano e outros países do Oriente Médio também importam gado vivo do Brasil, que entrou firme nesse mercado em 2002. Em 2016, com a assinatura de protocolo sanitária específico com a Turquia para embarques de animais para abate imediato, a participação brasileira no comércio internacional de gado vivo ganhou mais força, com o país se posicionando entre os maiores players do setor.
De acordo com o presidente da Abreav, Ricardo Barbosa, o desempenho positivo é resultado da parceria entre o setor privado e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), baseado na sanidade, no bem-estar animal e na qualidade do rebanho bovino nacional, com o cumprimento de regras nacionais e internacionais tanto no desenvolvimento da atividade pecuária quanto em relação ao transporte do gado vivo.
Segundo Barbosa, esse esforço busca desmistificar a imagem externa do Brasil, ainda visto por alguns países importadores como um mercado que dá pouco atenção a aspectos relacionados à sanidade e ao trato adequado aos animais. “Quebramos alguns paradigmas para mudar a percepção mundial. Quando os importadores conhecem o nosso trabalho, percebem que a realidade é bem diferente daquela que imaginavam.”
Não por acaso, o Brasil é hoje o segundo maior exportador mundial de bovinos vivos por via marítima, atrás apenas da Austrália. No ranking geral (exportações por via terrestre e marítima), o mercado brasileiro ocupa o quarto lugar, ficando atrás da União Europeia, México e Austrália. Os estados que mais comercialização gado vivo para o exterior são o Pará, Rio Grande do Sul e São Paulo.
fonte: Agroemdia
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