segunda-feira, 25 de abril de 2011

Frigoríficos brasileiros comandam 36% dos abates no Uruguai

JBS, Marfrig e agora o Minerva são as três empresas

Na última terça-feira o frigorífico Minerva ampliou o peso das empresas frigoríficas brasileiras que atuam no Uruguai e também no Cone Sul, quando entrou no país por meio da aquisição do frigorífico Pull.

O governo uruguaio, através do Instituto Nacional de Carnes (Inac), realizou um levantamento e constatou que as empresas brasileiras que atuam no país possuem hoje 29,4% do abate total de gado bovino, somando 2.203 milhões de cabeças no ano passado. Com a venda do frigorífico Pull para o Minerva, as companhias brasileiras irão deter 36% na participação dos abates no Uruguai, já que, o Pull detinha 6,6% do abate total.

Além do Minerva, que está entrando agora no país, as empresas Marfrig e JBS (por meio da Bertin) já atuam a algum tempo no Uruguai e nos últimos anos fizeram várias aquisições. As empresas Cledinor, Tacurembó, Colônia e Inaler (todos do Uruguai) forão compradas pelo Marfrig. Em 2006, antes de ser incorporada pelo JBS, a Bertin adiquiriu a Canelones.

As assessorias de comunicação das empresas informaram que só no Uruguai, a Marfrig possui capacidade para abater 3.900 bovinos por dia e a JBS 1.100 cabeças. A empresa frigorífica Pull, adquirida pelo Minerva, tem hoje capacidade de 1.100 cabeças por dia, mas com a incorporação espera alcançar 1.400 cabeças, informa o diretor-presidente do Minerva, Fernando Galetti de Queiroz.

Argentina

As empresas brasileiras também possuem participação relevante na Argentina, outro país que integra o Cone Sul. Através da aquisição da Swift Armour, o JBS entrou no país em 2005, fazendo em seguida, novas aquisições. A capacidade de abate do frigorífico hoje é de 5.700 bovinos por dia. Já a Marfrig, abate 3.900 animais por dia.

O JBS possui seis unidade na Argentina, entretanto, três delas estão temporariamente fechada e a empresa continua interessada em desfazer-se delas. Segundo informações a venda da planta de San José, na província de Entre Ríos, pode ser fechada em breve.

A JBS detém hoje uma fatia de 10% da capacidade total de abate de bovinos que é de aproximadamente 17,5 milhões. Já a Marfrig tem 6% da fatia.

Paraguai

Os frigoríficos brasileiros JBS e Minerva abatem no país 1.700 bovinos por dia, sendo 1.000 a capacidade do Minerva e 700 do JBS. Segundo o diretor-presidente do Minerva, Fernando Queiroz, a empresa decidiu investir no Uruguai agora porque “o mercado está mais maduro” e a pecuária vive um ciclo favorável às atividades naquele país.

De acordo com ele a empresa espera um crescimento de 20% no faturamento este ano em relação aos R$ 3.350 bilhões de 2010. Os número ainda não podem informar quais serão os lucros obtidos após a aquisição do frigorífico Pull.

Fonte: A Tribuna News/Luciana Recio

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