Porém, indústria frigorífica do Estado avalia que medida não deve alterar o mercado
Nestor Tipa Júnior | nestor.junior@rdgaucha.com.br
Técnicos russos estiveram no Rio Grande do Sul no início de abril avaliando quatro plantas frigoríficas e decidiram manter o embargo para 13 unidades que pretendiam retomar às exportações para aquela região. Ao todo, foram 29 visitas técnicas feitas pela missão do país europeu em todo o país. Além disso, outras fábricas que esperavam abrir mercado para a Rússia não foram habilitadas. Os russos não estariam satisfeitos com o nível de exigências aplicado pelo Programa Nacional de Controle de Resíduos.
Para o superintendente do Ministério da Agricultura no Estado, Francisco Signor, a expectativa era de um resultado melhor. Ele reconhece que falta mais atenção durante a supervisão de missões estrangeiras no país.
— Se o ministério não der mais atenção e, em cada Estado der uma acolhida melhor e acompanhar mais de perto as ações e supervisões feitas pelas autoridades que aqui virão, teremos maiores problemas ainda. Tenho a sensação que, nos últimos tempos, tem caído a qualidade e o atendimento dado às missões estrangeiras — avalia.
Já o presidente do Sindicato das Indústrias de Carnes do Rio Grande do Sul (Sicadergs), Ronei Lauxen, indica que o mercado não deve se alterar neste momento. O dirigente não acredita que a medida terá interferência nos volumes e receitas de exportações, já que os frigoríficos embargados já redirecionaram a produção para outros países.
— As plantas que já vinham com uma situação de restrição redirecionaram os volumes de produção direcionados para aquele mercado e para outras plantas que continuavam habilitadas. Então concluímos que não teremos efeitos imediatos em termos de volumes ou de valores nas exportações — informa.
Durante a visita ao Rio Grande do Sul, os russos avaliaram as plantas do grupo Marfrig, em Bagé, da Doux Frangosul, em Caxias do Sul, da Brasil Foods, em Marau e da Cotrijuí, em São Luiz Gonzaga.
A Rússia é o maior importador de carne do Brasil. No ano passado, as compras do produto geraram receita de US$ 2 bilhões.
FONTE: RÁDIO GAÚCHA
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