Buenos Aires - O governo argentino prometeu aos frigoríficos liberar as exportações de cortes nobres de carne bovina, mas tenta forçar um acordo de preços para baratear a costela e os cortes traseiros, mais populares. A "tabela" sugerida de preços, que não foi divulgada oficialmente, inclui a redução pela metade do valor de alguns cortes no varejo.
Fontes do setor de carnes informaram que o governo destravou exportações a mercados vizinhos, como o Chile, por caminhões frigoríficos que já percorriam o trajeto e aguardavam apenas autorização aduaneira para cruzar a fronteira.
Mas o grande teste ocorrerá no fim de semana, quando é feita a maioria dos carregamentos de carne bovina em contêineres nos portos argentinos.
A restrição às vendas ao exterior, para evitar o desabastecimento no mercado doméstico argentino, causou reclamações da Federação de Trabalhadores da Indústria de Carne, que afirmou haver, inclusive, a possibilidade de demissões no setor, já que as empresas poderiam reduzir turnos de produção ou fechar unidades. Os frigoríficos empregam cerca de 15 mil pessoas, diretamente, na Argentina. Grupos brasileiros, como JBS e Marfrig, estão instalados no país.
Fonte: Valor Econômico
Autor: Daniel Rittner
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