sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

FELIZ ANO NOVO !

Identificação da carne como marca vira tendência no mercado

Annamaria Bonanomi
Reprodução permitida desde que citada a fonte
 
A identificação da carne com marca é uma tendência que produtores e indústrias já adotaram. Especialistas apontam que o número de casas de carnes e restaurantes que oferecem produtos de raças específicas de gado vem crescendo. Segundo o empresário Flávio Saldanha, a ideia é atender a um novo perfil de consumidor, que está cada vez mais exigente. Na casa de carnes onde é sócio, a venda de cortes de black angus e bosmara, entre outras de procedência nobre, tem aumento de mais de 10% ao mês. E acrescenta que, somente em novembro, o avanço foi de 50% em relação a outubro.

– Os clientes estão começando a entender. A gente teve uma fase que o cliente dizia que queria uma carne argentina ou uruguaia. Hoje, ele está dizendo que quer um angus, um bosmara, um hereford. E tem alguns avançando um pouco mais, falando que querem confinamento ou que não o querem. Então, a gente já começa a refinar o desejo da carne bovina – revela.

O chef Francisco Pinheiro, do General Prime Burguer, também acredita que o consumidor está cada vez mais criterioso com relação à carne. Ele oferece no cardápio do restaurante um hambúrguer com carne angus. E diz que o produto é um dos mais pedidos.

– O cliente está sempre em busca do melhor. A carne é mais um fator. É como o vinho. As pessoas começam a entender o corte, o animal, qual o tipo e a coisa mais importante a valorizar – relata.

A tendência é confirmada pelo especialista em marketing de agronegócio José Luís Tejon. Segundo ele, esta categorização já acontece em diversos países e é um movimento natural que vem com o aumento do poder aquisitivo da população.

– É um lado fantástico do agronegócio que sempre foi visto como commodity e que agora você passa a ver que a grande busca dos agricultores é descommoditizar, tirar cada vez mais esse produto dessa categoria. Porque os consumidores passam a ter consciência e desejam saber não só onde ele é processado. Querem saber a origem daquela matéria-prima – afirma.

Outro exemplo desta mudança é a rede de fast food McDonald’s. A cadeia de restaurantes lançou recentemente a linha de hambúrgueres angus em parceria com a Associação Brasileira da raça. Segundo o diretor de supply chain da rede, Celso Cruz, a união com a entidade foi crucial para o sucesso da iniciativa.

– A primeira coisa que nós fizemos foi falar com a Associação Brasileira de Angus para entender um pouco o que é o negócio da raça no Brasil. Qual é o tamanho do rebanho, qual a possibilidade que existe, qual era a relação da associação com os produtores e como nós poderíamos participar desse negócio. De alguma forma, passava pela nossa cabeça se iríamos conseguir passar uma mensagem para o nosso cliente. O que é angus? A verdade é que, passado o tempo, estamos vendo que foi um acerto enorme – comemora.

A adoção de marcas na carne e no hambúrguer não traz mudanças somente na qualidade, no entanto. Altera também o preço. Uma carne com certificação de raça chega a custar mais do que o dobro da convencional.

– O consumidor aceita o produto Premium. É muito claro isso. Ele não aceita um produto mais caro, não é isso que eu estou falando. Aceita um custo-benefício interessante. Pagar mais por um produto como o angus, que ele percebe que tem um valor. Que vale a pena pagar aquele preço – pondera.

Fonte: Canal Rural

Consumo de carne bovina aumenta em média 10% este ano

Redação
Reprodução permitida desde que citada a fonte
 
O consumo de carne bovina aumentou, este ano, em média 10% em relação a 2010. Em dezembro, a alta já era esperada e, mesmo assim, vem superando as expectativas. Analistas afirmam que além do maior poder aquisitivo da população, outro motivo é que historicamente se exporta menos nesta época e acaba sobrando mais carne no mercado interno.

Assista o vídeo com participação de Maurício Palma Nogueira, da Bigma Consultoria


Fonte: Canal Rural

Marca valoriza carne da Campanha.


 
Foto: Francisco Bosco / ZH
Sabor da Campanha
 
 

Cortes de qualidade fazem produtos ganhar espaço em todo o Estado. 

Criado ao lado dos irmãos em meio à fazenda do pai em Dom Pedrito, Armando Salis não poderia ter trilhado outro caminho. Depois de colocar 
sua experiência como veterinário por mais de 10 anos no antigo frigorífico Mercosul, Salis, hoje com 36 anos, resolveu inovar. Saiu da empresa e criou sua própria
marca de carnes: a Sabor da Campanha, à venda em 55 estabelecimentos do Estado.

Produzir cortes diferenciados, de novilhos de qualidade, com preço acessível, era o grande desafio de Salis. Conseguiu. Em 2009, quando lançou a marca, abatia
1,8 mil novilhos das raças hereford e angus. Este ano fechará com abate de 14,4 mil cabeças. A atuação como superintendente comercial nacional do frigorífico Mercosul
lhe ajudou a ter visão do negócio. Para escolher a marca própria, por exemplo, fez um estudo de caso e de mercado. Além de fornecer os cortes nobres às redes de
supermercado, os açougues dos estabelecimentos recebem a visita de técnicos que dão dicas de como otimizar o trabalho.

– Queria desmistificar aquele ditado de que santo de casa não faz milagre. Produzir carne de qualidade, cortes nobres, mas à disposição em supermercados de fácil
acesso, disponibilizando ainda assistência técnica para os estabelecimentos, é algo viável – explica.

A Sabor da Campanha tem parcerias com produtores para obtenção do gado. Os critérios para seleção levam em conta a qualidade carniceira do animal. Um dos
irmãos de Salis faz a compra dos exemplares. O outro negocia o produto com as redes, que oferecem os produtos de forma exclusiva em diferentes regiões do Estado.
A maioria dos novilhos está na fazenda Coqueiro, em São Lourenço do Sul. No frigorífico Coqueiro e no Campeiro, em Rosário do Sul, são feitos os abates, que devem
aumentar de 10% a 15% no próximo ano. Outra meta é a ampliação do mercado para venda de cortes em São Paulo.

Fonte: Zero Hora 30/12/2011 (Campo & Lavoura, Marina Lopes)

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Defesa Agropecuária restringe antiparasitários em bovinos de corte

Proibição vale para produtos que contenham em sua fórmula princípios ativos da classe das avermectinas


A Secretaria de Defesa Agropecuária, órgão do Ministério da Agricultura, proibiu o uso de produtos antiparasitários - em bovinos de corte confinados ou semi-confinados - que contenham em sua fórmula princípios ativos da classe das avermectinas, com prazo de carência maior do que 28 dias. A instrução normativa foi publicada hoje no Diário Oficial da União.
FONTE: AGENCIA ESTADO

Principais indicadores do mercado do boi - 29/12/11

Tabela 1. Principais indicadores, Esalq/BM&F, margem bruta, câmbio



O indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista teve desvalorização de 0,28% nessa quarta-feira (28), sendo cotado a R$101,13/@.

Gráfico 1. Indicador Esalq/BM&FBovespa bezerro à vista x margem bruta



O indicador Esalq/BM&F Bezerro à vista teve desvalorização de 0,30 % e foi cotado a R$ 740,00/cabeça nesta quarta-feira (28). A margem bruta na reposição foi de R$928,65 com desvalorização de 0,26%.

Gráfico 2. Indicador de Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista em dólares e dólar



Na quarta-feira (28), o dólar foi cotado em R$1,86 com valorização de 0,26%. O boi gordo em dólares teve desvalorização de 0,53% sendo cotado a US$54,30. Verifique as variações ocorridas no gráfico acima.

Tabela 2. Fechamento do mercado futuro em 28/12/11



O contrato futuro do boi gordo para janeiro/2012 foi negociado a R$ 99,11 com variação em baixa de R$0,55.

Gráfico 3. Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x contratos futuros para Janeiro/12



Acesse a tabela completa com as cotações de todas as praças levantadas na seçãocotações.

No atacado da carne bovina, o equivalente físico permaneceu estável sendo cotado a R$ 102,57. O spread (diferença) entre o índice do boi gordo e equivalente físico foi de R$-1,44, com baixa de R$ 0,28 no dia. Confira a tabela abaixo.

Tabela 3. Atacado da carne bovina



Gráfico 4. Spread Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x equivalente físico

FONTE: BEEFPOINT

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Escassez de bezerro e custos de produção devem manter preços firmes para o boi gordo em 2012

Boi: 2011 foi um bom ano para a pecuária, com preços da arroba bastante convidativos ao produtor. Para 2012 a expectativa é de um ano favorável e um cenário com as mesmas fontes de escassez do início do ano passado, com falta de bezerros, consequentemente menos bois, resultado de um contínuo abate de matrizes.

A terceira entrevista do especial de final de ano do Notícias Agrícolas traz um balanço do mercado do boi gordo em 2011 com Alcides Torres, da Scot Consultoria. Segundo ele, este ano foi bom para o pecuarista, pois os preços da @ do boi gordo estivem em um nível convidativo, a oferta caiu e os preços dos animais trabalharam em uma posição interessante para o criador, apesar dos custos de produção, que subiram com a seca.

De acordo com Torres, a grande diferença em relação aos anos anteriores é que em 2011 o pecuarista não represou mercadoria: “se houvesse bom volume disponível, se o preço estivesse convidativo e se o produtor estivesse tendo lucro o gado era colocado a venda esse ano”, explica. Assim, em 2011 a especulação perdeu espaço para o fluxo da oferta de gado. “Só tivemos dois pontos de represamento durante o ano que foi na boca da seca, quando acaba o período de chuvas e outro quando o acabou a entrega de gado confinado no segundo semestre. Em 12 meses tivemos bolha de oferta que duraram 15/20 dias. Foi uma profissionalização do setor, foi bom para o pecuarista e para o frigorífico.”, afirma.

Para 2012, Torres garante que não há diferenças no cenário. “A gente tem a mesma fonte de escassez, ainda está faltando bezerro. No 1º semestre de 2011 tivemos um aumento do abate de fêmeas, o que é um paradoxo, pois o bezerro está valendo dinheiro”, avalia.  Em 2011, os preços foram sustentados pelo menor volume de gado disponível e estes fundamentos devem ser vistos também no próximo ano. “A gente acredita em um cenário semelhante em 2012, não igual, mas semelhante.”

Outro fator que deve sustentar os preços no próximo ano são os custos de produção com farelos e insumos que devem permanecer em um patamar altista. Quanto à crise econômica mundial, Torres explica que “em 2008 tivemos uma crise que resultou em uma recessão global e a pecuária de corte sofreu bastante com isso. Hoje estamos diante de uma nova crise, agora na União Europeia, e se ela se confirmar teremos problemas no mercado internacional. No entanto, em 2011 o Brasil embarcou menos carne, mas faturou mais, em função da queda de volume.” Mesmo com a ameaça de retração no consumo mundial, Torres esclarece que o “maior publico da carne bovina brasileira é o mercado interno e isso de certa maneira deve funcionar como um colchão se a crise vier.”
Fonte: Notícias Agrícolas // Aleksander Horta e Ana Paula Pereira

Ligeira alta de preços, com referência à vista em R$98,50 em SP


O mercado encontrou um piso.

Em São Paulo, a referência teve ligeira alta e está em R$98,50/@, à vista, e R$100,50/@, a
prazo, livres de imposto.

As grandes indústrias possuem escalas confortáveis e pressionam as cotações para baixo.
Porém, abaixo desta referência os negócios travam.

As ofertas de compra a preços maiores são feitas por frigoríficos de menor porte, que estão com
as programações apertadas. Neste caso, as escalas de abate variam de 2 a 5 dias.

O volume de negócios continua reduzido.

No Triângulo Mineiro, este cenário associado ao término das férias coletivas de algumas
indústrias na próxima semana, pode pressionar para cima os preços na região em curto prazo.

No mercado atacadista de carne com osso, os negócios para o final de semana foram razoáveis.

No litoral paulista e no interior do estado as vendas fluíram melhor, enquanto nos grandes
centros urbanos houve dificuldade de escoamento.

O boi casado de animais castrados subiu e é negociado por R$6,60/kg. A vaca casada está
cotada em R$6,15/kg.
Fonte: SCOT CONSULTORIA

RS antecipa licitação da Expointer


Implantar a rastreabilidade e reestruturar Fepagro e Assis Brasil são metas do secretário Luis Fernando Mainardi em 2012


Rastreabilidade do rebanho, reestruturação do parque Assis Brasil e da Fepagro serão prioridades da Secretaria da Agricultura em 2012. Nesta entrevista, o secretário Luiz Fernando Mainardi também não descarta a hipótese de federalizar a Cesa e diz que pretende corrigir inconformidades apontadas pelo Tribunal de Contas do Estado envolvendo o parque em Esteio. Mainardi antecipou que a licitação para contratação de empresa que administrará a bilheteria na Expointer sairá no início de 2012.

Correio do Povo - Qual é a marca da sua gestão neste primeiro ano?Mainardi - É como quem trabalha com a terra: a gente tem que ará-la e semeá-la. Foi o que fizemos. Estamos reestruturando a Fepagro, chamando os concursados e viabilizando investimentos em 2012 de R$ 59 milhões em recuperação física e operacional. No Irga, preparamos concurso para que, ainda no primeiro semestre, possamos - após 30 anos - ter um quadro efetivo e qualificado. Reinstalamos as principais câmaras setoriais e, com elas, vamos definir políticas para garantia de renda e aumento da produção.

CP - O projeto de rastreabilidade bovina com chip sairá do papel em 2012?Mainardi - Preparamos todos as condições para que isso ocorra. Viabilizamos os recursos (de R$ 20 milhões por ano) junto à bancada federal gaúcha para que, em cinco anos, a gente faça essa transformação, possibilitando buscar mercados e realizar controle efetivo, evitando abate clandestino e abigeato.

CP - Quais são os três projetos prioritários para 2012?Mainardi - A transformação da pecuária gaúcha, as melhorias no Assis Brasil para transformá-lo em um parque de exposições permanente e a recuperação da Fepagro, de modo que ela possa atender a três objetivos importantíssimos para uma instituição moderna: pesquisa, inovação e validação de tecnologia.

CP - A Cesa carrega déficit anual de R$ 33 milhões. O governo prometeu reestruturá-la. Quais as medidas adotadas e os planos para a companhia?

Mainardi - Até abril, queremos ter uma posição clara sobre a Cesa. Se a companhia não for viável, vamos encontrar uma forma de fazer com que seus armazéns continuem prestando serviços à comunidade gaúcha, sem que seja necessário o Estado recorrer ao Tesouro para cobrir o déficit. A federalização é uma hipótese, mas é mais provável que a gente vire o jogo e faça dela uma empresa com resultados positivos. Se isso acontecer, a manteremos sob o controle do Estado, senão, vamos propor outra solução.

CP - Quais são os planos para o futuro do parque Assis Brasil?Mainardi - O parque é um misto de interesse público com o privado. Precisa ter uma vida permanente, atividades o ano inteiro. Para isso, temos que ter agilidade na tomada de decisões. A estrutura atual, em que o parque é vinculado à secretaria, nos obriga a trabalhar com processos morosos. Precisamos encontrar uma figura jurídicaadequada. O parque é uma área do Estado com prédios construídos pela iniciativa privada, pelas associações de produtores que hoje os utilizam. Ele é uma parceria público-privada sem normatização. A ideia é normatizar esse convívio harmonioso que existe sem comprometer o interesse público. Primeiro, precisamos definir a utilização destes 41 hectares que temos anexo ao parque. Isso será previamente estabelecido por meio de diagnóstico de potencialidades e oportunidades que deve estar pronto até abril.

CP - Há pelo menos 10 anos, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) contesta o modus operandi da cessão de uso de áreas do parque. A ausência de licitação para a contratação da empresa responsável pela bilheteria da Expointer 2011 e a permuta com a Rádio Alegria foram alvos de crítica do TCE neste ano. Em 2012, essas práticas continuarão?

Mainardi - Nós vamos corrigindo. A bilheteria, por exemplo, será licitada no início do ano, entre janeiro e fevereiro. Também queremos legalizar a utilização dos espaços do parque para outros eventos. Teremos uns cinco ou seis finais de semana disponíveis para que as empresas se habilitem, por meio de licitação, para a realização de shows.

FONTE : ZH

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Exportações brasileiras de carne apresentam queda em 2011

O setor brasileiro de carnes teve um abate de cerca de 1,8 milhão de cabeças em 2011. Em termos de exportação, a expectativa é fechar o ano com uma receita de US$ 5,3 bilhões. É uma alta de 12% de receita, mas queda de 10% em volume. Os dados são da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec).
Para o presidente da entidade, apesar de problemas, o setor conseguiu alcançar objetivos. Antônio Camardelli ressalta o trabalho de produtores e indústria na busca de novos mercados.
- Era um ano que tinha tudo para ser pior do que foi, mas tivemos um trabalho forte dos associados da Abiec, que fizeram incursões diferenciadas em países que até então não compravam nossa carne, mudando seu pacote de ofertas em relação à composição dos cortes. Isso fez com que alcançássemos os objetivos - revela.
Apesar dos problemas das exportações, o presidente do Sindicato das Indústrias de Carnes do Estado (Sicadergs) acredita que o ano foi relativamente positivo, mesmo com uma queda de 4% nos abates. Mas Ronei Lauxen salienta que a valorização de preços para o produtor, que teve bom rendimento na temporada, deve refletir futuramente também no incremento para as indústrias.
- O produtor está disposto e bem incentivado no sentido de produzir mais e, com isso, teremos no futuro não tão próximo, pois o ciclo de produção é longo, mas vislumbramos uma melhor oferta de animais chegando a um volume de abate de operação plena das nossas plantas frigoríficas - salienta.
Para ampliar mercados da exportações, a Abiec vai trabalhar a imagem da carne brasileira. Além da sanidade, a associação aposta também na sustentabilidade da produção como um dos chamarizes para o produto nacional.
FONTE: SICADERGS / CAMPO E LAVOURA

Balanço do mercado da pecuária de corte: retrospectiva 2011

Fantasmas do passado quiseram rondar o mercado pecuário em 2011: Embargo Russo,Aftosa (desta vez no país vizinho) e preços próximos do recorde de 2010.
Estes são os destaques do balanço geral de pecuária de corte desta segunda-feira elaborado pela Rural Centro, com as principais informações do setor.
A ideia é que o produtor encontre em apenas uma página tudo o que é importante para o desenvolvimento do seu negócio e as principais notícias dos últimos dias.
EMBARGO RUSSO
Por questões sanitárias ou por questões políticas? Seja qual foi o real motivo, os russos mais uma vez bloquearam as importações de carne proveniente de 85 frigoríficos em três Estados brasileiros (Paraná, Rio Grande do Sul e Mato Grosso).
A medida foi imposta em junho e a previsão é de que só termine em janeiro de 2012. As tabelas abaixo mostram o desempenho das negociações de carne bovina in natura com os russos: As compras começaram a cair efetivamente justamente em junho, passando de 27,2 para 18 mil toneladas em jkulho, uma redução de 34%. Em agosto, as vendas para este país acumularam 12 mil toneladas.
Neste último mês de novembro, os russos importaram quase 8 mil toneladas de carne bovina, rendendo uma receita aos frigoríficos brasileiros, de 34 milhões de dólares. 
Apesar disso, os russos ainda mantém a liderança no ranking de principais destinos da carne brasileira, importando ao todo 217,7 mil toneladas, 11% a menos que no mesmo período do ano passado, de 244,7 mil toneladas.
Os iranianos permanecem firmes na segunda posição, com total de 127,4 mil toneladas e o Egito com total de 85,2 mil toneladas estão em terceiro lugar.
Atenção: O grande destaque deste ano foi o Chile, que voltou a comercializar com o Brasil com total força após o foco de aftosa no Paraguai. Entre janeiro e novembro de 2011 foram vendidas aos chilenos quase 30 mil toneladas de carne bovina in natura, o dobro que as 13,5 mil toneladas verificadas em 2010. Este resultado leva este país ao sexto lugar do ranking.
AFTOSA
Mais uma vez, a febre aftosa ocupou a mídia brasileira, mas desta vez a notícia vinha do país vizinho, o Paraguai. A “novidade” começou em 19 de agosto e além de derrubar os preços que estavam em ascensão no mercado paraguaio, voltou os olhos dos outros países novamente para a América do Sul.
O Brasil e a Argentina fecharam fronteiras com o Paraguai imediatamente e o governo paraguaio abateu as 800 cabeças da região afetada.
PREÇOS PRÓXIMOS AO RECORDE HISTÓRICO DE 2010
Este ano começou com boas expectativas de preços do boi gordo. O setor esperava que o mercado ia seguir o mesmo cenário de 2010, quando as cotações da arroba do boi gordo alcançaram marca histórica!
Isto não aconteceu, mas foi quase! O valor do boi gordo chegou, por exemplo, a 109,18/@ em meados de novembro, segundo os dados do Cepea (Centro de Estudos e Pesquisas em Economia Aplicada).
Mas com o atual desequilíbrio entre oferta e demanda do setor não tornam distante a possibilidade de 2012 iniciar com preços superiores aos atuais e até mesmo aos de 2010.
EXPORTAÇÃO
As últimas informações disponibilizadas pela Secex (Secretaria de Comércio Exterior) mostram que entre janeiro e novembro deste ano, as exportações de carne bovina in natura somam 757,1 mil toneladas líquidas, 9,6% a menos que no mesmo período do ano passado.
Dois são os possíveis motivos da redução de embarques de carne bovina ao exterior, o primeiro a redução de oferta de matéria-prima no Brasil e o segundo é a preferência dos frigoríficos em manter a carne bovina no mercado interno ante os lucros.
São Paulo continua sendo o principal estado exportador de carne bovina, com total de 280 mil toneladas. Em segundo lugar está o Estado de Mato Grosso, com total de 136,3 mil toneladas e na terceira posição com total 104,5 mil toneladas.
IBGE
A Rural Centro apresentou dois importantes relatórios que merecem destaque: Pesquisa de Abates e Rebanho Bovino. Os dois estudos mostram uma redução na disponibilidade de matéria-prima.
Os abates de bovinos apresentam, ao longo deste ano (janeiro a setembro), um resultado preocupante: volume muito inferior aos anos anteriores, sendo o segundo menor desde 2006, apenas superando o resultado do mesmo período de 2009.
O país já abateu 21,5 milhões de bovinos (boi, vaca, novilhos/as e vitelo/as), anotando queda de 2% em relação aos números de 2010 e de 2008, quando os abates somaram 22 milhões de cabeças.
Além disso, os abates deste ano estão abaixo 8% do total verificado em 2007, de 23,3 milhões de animais. Entre janeiro e setembro de 2009, o país abateu 22 milhões de unidades.
O Estado de Mato Grosso mantém a liderança nos abates de bovinos, com total de 3,1 milhões de bovinos em 2011. Mato Grosso do Sul, em segundo lugar, registrou em 2011 abates de 2,4 milhões de bovinos, 4% a menos que as 2,5 milhões de unidades abatidas em 2010. Em São Paulo, os abates somaram 2,4 milhões de animais, enquanto que o mercado goiano apresentou abates de 1,9 milhões de unidades em 2011. MS, SP e GO, anotaram em 2011 um decréscimo nos abates.
ABATES DE VACAS
Ainda segundo o IBGE, em 2011, o país abateu 7,4 milhões de vacas, volume que representa 34,5% do resultado total, sendo que esta participação está acima das verificadas tanto em 2010 como em 2009, quando os abates de fêmeas somaram 6,61 e 6,613 milhões de unidades, respectivamente.
Atenção: Esta elevação na participação de fêmeas mostra que o produtor está novamente abatendo matrizes, comprometendo a futura formação de rebanho.
ABATES DE BOIS
Entre janeiro e setembro de 2011, os abates de bois acumularam 11,2 milhões de cabeças, o segundo maior desde 2007, apenas acima das 11 milhões de unidades abatidas entre janeiro e setembro de 2009.
Os dados do IBGE são referentes às inspeções, municipais, estaduais e federais.
Rebanho bovino brasileiro
Em 2010, o rebanho nacional atingiu 209,5 milhões de cabeças de gado, com aumento pouco significativo em relação a 2009, de apenas 2%, alta longe de suprir a necessidade do mercado, diante do crescimento demográfico mundial.
Lembrando que o município com o maior efetivo de bovino no Brasil é São Felix do Xingu, no Pará, com um pouco mais de 2 milhões de cabeças, 5,8% a mais que o efetivo de 2009, de 1,912 milhão.
Mato Grosso continua sendo o Estado com o maior rebanho do país, com total de 1,93 milhão de unidades. Enquanto a região com maior efetivo continua sendo o Centro-Oeste (72 milhões de cabeças).
FONTE: RURAL CENTRO / ANA BRITO

RESUMO DE 2011

PREÇOS MÉDIOS DE GADO- MERCADO FÍSICO / KG VIVO



EM 26.12.2011  REGIÃO DE PELOTAS

TERNEIROS R$ 3,50 A R$ 3,60
TERNEIRAS R$ 3,00 A R$ 3,20
NOVILHOS R$ 3,20 A R$ 3,30
NOVILHAS R$ 3,00 A R$ 3,20
BOI MAGRO R$ 3,00 A R$ 3,20
VACA DE INVERNAR R$ 2,50 A R$ 2,60

*GADO PESADO NA FAZENDA

FONTE: PESQUISA REALIZADA
POR http://www.lundnegocios.com.br


PREÇOS DE BOI GORDO E VACA GORDA PARA CARNE A RENDIMENTO



REGIÃO DE PELOTAS
*PREÇO DE CARNE A RENDIMENTO EM 26.12.2011

BOI: R$ 6,10 a R$ 6,40
VACA: R$ 5,90 a R$ 6,20

PRAZO: 30 DIAS


FONTE: PESQUISA REALIZADA

PREÇOS MÉDIOS DE BOI GORDO E VACA GORDA- MERCADO FÍSICO/KG VIVO







EM 26.12.2011
REGIÃO DE PELOTAS

KG VIVO:
BOI GORDO: R$ 3,05 A R$ 3,20
VACA GORDA: R$ 2,70 A R$ 2,85



FONTE: PESQUISA REALIZADA
POR http://www.lundnegocios.com.br

COTAÇÕES

 Carne Pampa

PREÇOS MÍNIMOS PARA NEGOCIAÇÃO DIA 26/12/2011
INDICADOR ESALQ/CEPEA DE 23/12/2011 - PRAÇA RS


Ver todas cotações    Ver gráfico

MACHOSPrograma**H & B***
CarcaçaR$ 6,40R$ 6,30
KG VivoR$ 3,20R$ 3,15
FÊMEASPrograma**H & B***
CarcaçaR$ 6,09R$ 6,00
KG VivoR$ 2,89R$ 2,85
** Programa - Indicador Esalq/Cepea MaxP L(6)
*** H & B - Indicador Esalq/Cepea Prz L(4)
PROGRAMA CARNE CERTIFICADA PAMPA
FONTE: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE HEREFORD E BRAFORD

Confira a entrevista com Élio Micheloni Jr. - Analista de Mercado - Icap corretora sobre o mercado do Boi Gordo

Boi Gordo: menor oferta de animais por parte dos pecuaristas em férias e melhora no consumo da peças nobres no varejo dão fôlego para mercado virar o ano melhor. Seca no país também atinge as pastagens. Expectativa para janeiro é positiva.



FONTE: NOTICIAS AGRICOLAS

Paraguai encerra estado de emergência sanitária

O Serviço Nacional de Qualidade e Saúde Animal do Paraguai (SENACSA, sigla em espanhol) informou que o Paraguai encerrou o estado de emergência sanitária declarado em setembro devido ao foco de febre aftosa encontrado na região central do país.

A decisão foi aprovada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), Organização das Nações Unidas Para Agricultura e Alimentação (FAO) e órgãos de defesa sanitária agropecuária do país.

O último passo para encerrar o estado de emergência foram observações veterinárias e exames laboratoriais dos animais que estão na região. Os resultados foram negativos para a febre aftosa.

O Paraguai vem aos poucos recuperando mercados para exportação de produtos de origem bovina.

No início do mês, o Ministério da Agricultura do Brasil autorizou a retomada das importações de carne bovina fresca e desossada provenientes do Paraguai. Na semana passada, foi a vez da Argentina restabelecer as importações de tripas de bovino.
FONTE: SCOT CONSULTORIA

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

FELIZ NATAL

Marfrig: trajetória de 2011

Em meados deste ano, o mercado se perguntava que empresa levaria os ativos colocados à venda pela BRF-Brasil Foods. A Marfrig, que mesmo alavancada sempre foi vista como favorita para levar os ativos da BRF, recebeu de JBS e Minerva proposta de compra de suas operações.

Pelas propostas, a JBS ficaria com a área de processados de carnes de aves e suínos da Marfrig e o Minerva, com o segmento de bovinos. Essa engenharia teria como objetivo evitar resistência do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) ao negócio - se a JBS fizesse uma proposta sozinha por toda a Marfrig, haveria forte concentração no mercado de carne bovina, o que poderia ser vetado pelo órgão de defesa da concorrência.

Essa combinação abriria ainda espaço para a JBS fazer proposta pelos ativos colocados à venda pela BRF, já que não haveria outra empresa no mercado nacional com capacidade para fazê-lo. No entanto, os planos de JBS e Minerva não se concretizaram, pois o controlador da Marfrig, Marcos Molina, não aceitou a proposta.

A Marfrig não desistiu da BRF e anunciou operação de troca de ativos com a empresa, que precisava se desfazer de unidades e marcas, como parte de acordo feito com o Cade para sua criação.

A BRF, hoje líder em processados de carnes com cerca de 70% de participação no mercado, passaria a ter como concorrente a gigante JBS, atualmente mais focada em carnes in natura. Esta, com a área de industrializados da Marfrig e a compra dos ativos postos à venda pela BRF, se tornaria uma forte competidora.

Uma eventual venda da área de bovinos da Marfrig para o Minerva também promoveria um crescimento expressivo deste último, hoje em terceiro lugar entre os maiores do segmento, mas muito distante dos dois primeiros. O já concentrado mercado de carne bovina, que nos últimos anos viu mais de dez empresas entrarem em recuperação judicial, ficaria ainda mais concentrado.

A gestora GWI Investimentos teve de desmanchar posições a termo que possuía em papéis da empresa de alimentos, por conta da deterioração dos mercados no dia 8 agosto, primeiro pregão após a redução da nota de risco de crédito da dívida americana pela agência de classificação de risco Standard & Poor's. Naquela sessão, as ações da Marfrig desabaram 25%.

Uma semana depois da saída da GWI, a Marfrig divulgou balanço do segundo trimestre, com prejuízo de R$ 91 milhões. Também apresentou um indicador de alavancagem de 3,9 vezes (relação entre a dívida líquida e o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, o Ebitda), alto em relação ao ideal de mercado, que é abaixo de 3. Se esse indicador superasse 4,5, dispararia uma cláusula de um contrato de debêntures da empresa compradas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

A partir da segunda metade de agosto, houve muitos rumores sobre a situação de solvência da companhia. Nas contas de analistas de mercado, se a empresa continuasse naquele caminho, já poderia romper as cláusulas no terceiro ou quarto trimestre.

Foi em meio a essa situação, de ações em baixa forte e acelerada e rumores de dificuldades de crédito, que Molina, fundador da Marfrig, foi novamente procurado. Dessa vez não pelos empresários concorrentes, mas por emissários de bancos reapresentando a já conhecida proposta de vender os ativos processados para a JBS e a operação bovina no Brasil ao Minerva.

Molina foi, então, ao BNDES buscar apoio. Com o preço cada vez menor das ações e os rumores sobre insolvência, temia uma crise de confiança que o obrigasse a vender a sua empresa.

A partir daí, em setembro, a Marfrig anunciou a venda de serviços de logística especializada para redes de fast food de sua subsidiária americana Keystone Foods. A Martin-Browser pagou US$ 400 milhões pelo negócio.

No fim de novembro, após a divulgação dos resultados do terceiro trimestre, a Empiricus publicou questionamentos ao balanço da companhia.

Em dezembro, a Marfrig vendeu seus ativos de logística no Brasil para a Júlio Simões Logística (JSL) por R$ 150 milhões. Somando a venda desses ativos, perto de R$ 1 bilhão deve ingressar no caixa da empresa, melhorando o seu endividamento, como queria o BNDES.

E, a partir do ano que vem, a Marfrig deverá contar com a geração positiva de caixa operacional dos ativos da BRF. Passarão a ser da Marfrig, assim que o Cade aprovar a operação, as marcas Doriana, Rezende, Wilson, Texas, Patitas, Fiesta e Delicata. 

Fonte: jornal Valor Econômico