quarta-feira, 20 de abril de 2011

Assocarnes/MS divulga Nota de Resposta frente declarações da Abrafrigo

A Assocarnes vem esclarecer ao público, ou melhor, ao consumidor da carne bovina em nosso país, que as oscilações de preços praticados por empresas que trabalham no “front” dessa proteína, junto ao consumidor brasileiro, são ocasionadas por diversos fatores que o próprio povo brasileiro desconhece.


A nossa entidade, que realmente defende os pequenos industriais desta cadeia produtiva “carne”, vimos a necessidade de explicar aquilo que para poucos entendidos do setor seja, talvez, um equívoco, como por exemplo, as declarações feitas pela ABRAFRIGO (Associação Brasileira de Frigoríficos) no último dia 05/04/2011, onde o seu representante Sr. Péricles Salazar sugere e solicita medidas que, no nosso ponto de vista, resume-se ao fim dos médios e pequenos empresários da carne.


Nota-se que a ABRAFRIGO é a douta entidade que defende os pequenos e médios em nosso país. Bem senhores, vamos direto ao ponto, ou seja, das declarações e súplicas do digníssimo Drº. Salazar.

Aqui intitulamos de:

Os Sete Pecados de Salazar:

Salazar diz:
1?) “O primeiro ponto é o BNDES suspender todo e qualquer financiamento para novas plantas de frigoríficos no país. Já existem plantas demais e a capacidade ociosa média do setor é de 40%”.
ASSOCARNES - Pede ao BNDES, que não dê dinheiro a mais ninguém deste setor. (Parece brincadeira). O BNDES nunca deu, ou melhor, deu somente para 02 (dois); e achamos que o BNDES deveria mudar a sigla para JBndeS. Bem, brincadeirinha a parte, o tema é muito sério e que passa pelo ponto do absurdo e do contraditório, haja vista que o doutor Salazar, que antes defendia a liberação de recursos aos pequenos, agora virou promotor de defesa do BNDES.

Salazar diz:
2?) Um segundo aspecto, para a Abrafrigo,“ é a oferta, pelo BNDES, de linhas de financiamento para empresas em dificuldades, desde que elas ofereçam garantias reais”.

ASSOCARNES - Pede em suas súplicas, que o BNDES não salve os quebrados, a menos que os já moribundos ofereçam garantias reais, ou seja, é o doutor promotor de defesa do BNDES (ainda não sabemos quanto ele cobra de honorários).

Salazar diz:
3?) O terceiro ponto também reside na oferta de crédito, desta vez para os pecuaristas, a juros compatíveis com a taxa Selic, para elevar a velocidade de recuperação do rebanho bovino brasileiro.

ASSOCARNES - Enfim algo coerente, o doutor pede para, ajudar os pecuaristas dando-lhes créditos com juros justos, para que os mesmos possam recuperar seus estoques. Isso é justo, mas seria esse crédito feito pelo Banco da JBS (dúvida cruel).

Salazar diz:
4?) Como quarto aspecto desta estratégia de recuperação, a Abrafrigo sugere uma maior agressividade por parte do governo e das empresas para buscar os novos mercados da China, Coréia do Sul, Taiwan e recuperar a UE, com a finalidade de elevar o volume das exportações brasileiras.

ASSOCARNES - O governo deve ser mais agressivo, para abrir novos mercados consumidores, principalmente na Ásia, e também recuperar a U.E. Quem sabe assim, os dois grandões deixam os pequenos em paz para trabalhar com dignidade dentro do Brasil.

Salazar diz:
5?) “O quinto ponto é a criação de medidas compensatórias para os frigoríficos exportadores diante da elevada apreciação do Real”.

ASSOCARNES - O governo deve criar mecanismos compensatórios para alimentar esses gigantes, quando os mesmos praticam as exportações. Pois com o Real em valorização, nada mais justo que dar liquidez aos créditos e prêmios que essas empresas têm direito, ou seja, pela ótica do doutor Salazar, devemos engordar ainda mais os gigantes e gulosos da nossa economia (o honorário do doutor deve ser bom).

Salazar diz:
6?) A sexta providência seria a agilização por parte do governo da monetização de créditos do PIS e Cofins a que os frigoríficos exportadores têm direito. “Isso poderia injetar mais de R$ 600 milhões na atividade”.
ASSOCARNES - Esse procedimento é praticamente a reprise do 5?, pois o digníssimo doutor, espera com essas medidas, injetar R$ 600.000.000,00 (seiscentos) milhões de Reais, nos cofres dos 02 (dois) gigantes (o cara é fera).

Salazar diz:
7?) A sétima sugestão da Abrafrigo é a execução de um planejamento de longo prazo, a ser realizado pelo setor privado em conjunto com o setor público, no qual far-se-ia um amplo e detalhado diagnóstico da cadeia produtiva, dos seus problemas conjunturais e estruturais, elencando-se a seguir políticas públicas que objetivem o seu desenvolvimento e crescimento sustentável, harmonizando a necessidade de uma maior produção com respeito ao meio-ambiente. Por último, apela para o grande varejo brasileiro no sentido de diminuir as suas elevadas margens de lucro, reduzindo os preços para os consumidores e assim possibilitar maior giro das carnes em suas prateleiras.

ASSOCARNES - Por último ele sugere criar um plano diretor para a cadeia produtiva da carne, onde figurariam de um lado os produtores fortalecidos com abundância de créditos (preferencialmente do JBS), e de outro lado, 02 (dois) grupos fortes dominando a compra e a venda de carne em nosso país.

Bem senhores, peço desculpas pelos trocadilhos, mas a revolta é muito grande, com tamanha cara de pau de pessoas que até ontem, lutavam pela sobrevivência dos pequenos empresários da carne em nosso país.
Sempre lutamos lado a lado, para acabar com a concentração industrial e financeira; e para espanto de todos, vimos esse companheiro pular o muro e entrar no quintal do vizinho rico.

Espero que as pessoas de bom senso, e que primam por justiça nesse país, tomem coragem e juntem-se a nós, contra o abuso do poder econômico.

As informações são da assessoria de imprensa da Assocarnes/MS.

FONTE: Agrolink

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