O programa Melhor Carne do Mundo, um dos projetos apresentados pelo governo do Estado para o setor agropecuário gaúcho, tem o objetivo de qualificar a produção de carne visando a ampliação das exportações. Na semana passada, o governador Tarso Genro se reuniu com representantes da cadeia produtiva para discutir a implementação da proposta. Temas como genética, sanidade e rastreabilidade foram debatidos.
Para o presidente do Sindicato das Indústrias de Carnes do Rio Grande do Sul (Sicadergs), a ideia é positiva. Ronei Lauxen destaca que o sucesso da proposta também passa pela qualificação das plantas frigoríficas.
- Não adianta só termos os animais com uma genética avançada e com uma qualidade muito boa. Temos que ter uma indústria qualificada para que possa processar este produto e oferecer tanto para o mercado interno quanto para o mercado externo – afirma.
Já o vice-presidente da Farsul salienta que a preocupação do governo em qualificar a carne produzida no Estado é um reconhecimento ao trabalho que é feito pelo setor. Gedeão Pereira ressalta as condições favoráveis de genética e ambiente do rebanho gaúcho.
- O Rio Grande do Sul tem uma boa latitude pela localização estratégica e é o único estado detentor das raças britânicas. Portanto somos um banco genético da carne de qualidade, pois temos as duas carnes mais procuradas do mundo que são o Angus e o Hereford – enfatiza.
A única discordância do dirigente da Farsul é em relação a possibilidade de criação do Instituto de Carne Gaúcho. Segundo ele, ideia semelhante já foi feita no passado e não deu certo. O Instituto de Carnes Sul Rio Grandense foi criado em julho de 1934, durante o governo de Flores da Cunha, sendo extinto em fevereiro de 1990.
FONTE:CAMPO E LAVOURA
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