quinta-feira, 27 de setembro de 2012

MT e MS lideram ranking de abates de bovinos em 2º trimestre


Estados abateram 67% dos 558 mil exemplares abatidos a mais

Mato Grosso ampliou em 18,7% os abates de bovinos no segundo trimestre do ano na comparação com o mesmo período de 2011. O plantel enviado às indústrias frigoríficas avançou de 1 milhão para 1,2 milhão de cabeças, informou nesta quinta-feira (27) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) por meio da Pesquisa Trimestral do Abate de Animais, do Leite, do Couro e da Produção de Ovos de Galinha.

Sozinho, o estado abateu aproximadamente 16% do total brasileiro de 7,6 milhões de exemplares. O peso acumulado de carcaças no segundo trimestre alcançou 297.678 toneladas na unidade federada, resultado 20% superior ao registrado no igual período de 2011, em 248.010 toneladas.

Analista de mercado do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), Carlos Ivam Garcia diz que no estado as operações em alta ainda refletem o envio frequente de fêmeas aos frigoríficos, comumemente verificado nos meses iniciais de 2012.

"Falamos em um segundo semestre quando verificamos elevado abate de fêmeas", avaliou o especialista.

Na comparação com o trimestre anterior o estado registrou uma leve expansão no total de abates. Entre janeiro a março foram 1,1 milhão de animais (9% a mais sobre o primeiro trimestre de 2011).

O estado é detentor do maior rebanho bovino do país e concentra a maior parte das operações pela indústria. De acordo com o IBGE, neste segundo trimestre do ano Mato Grosso e Mato Grosso do Sul lideraram o ranking dos estados que mais abateram.

A participação das unidades federadas correspondeu a 67% das 558 mil unidades bovinas abatidas a mais em todo país. Após Mato Grosso, o Mato Grosso do Sul abateu 994.055 bovinos.

O Brasil também encerrou o trimestre abatendo mais. Foram 7,6 milhões de cabeças no segundo trimestre de 2012, número 5,6% superior em relação ao trimestre imediatamente anterior de 7,9% na comparação com o igual período de 2011.

A pesquisa apontou que o peso acumulado de carcaças atingiu 1,8 milhão de toneladas, representando 6,6% a mais que o registrado no primeiro trimestre e 8,7% superior ante o segundo trimestre de 2012.

O IBGE informou nesta quinta-feira que "o volume de cabeças abatidas alcançou o mesmo patamar registrado no 3º trimestre de 2007 e do período pré-crise financeira internacional (2º trimestre de 2008)".

"Desde então, o abate nacional passou por recuperação da atividade (2º trimestre de 2010), seguida por período de declínio. E por último, culminou neste trimestre com nova ascensão da produção frente à concorrência de outras carnes", citou em seu relatório o Instituto Brasileiro.

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