Com um rebanho bovino quatro vezes maior do que a população urbana, o Uruguai tem 100% de seus animais identificados e quase a totalidade rastreada. A condição permite ao vizinho do Mercosul ser um dos maiores exportadores de carne de gado do mundo, abastecendo mais de 130 mercados, entre os quais países da Europa, Ásia e Oriente Médio.
O trabalho começou ainda em 2005, quando o Ministério da Agricultura instituiu um programa de identificação obrigatória de todos os animais, chegando hoje a totalidade de 11,7 milhões de cabeças.
“O governo forneceu o brinco para todos os produtores e planejou um programa de longo prazo”, conta o médico veterinário José Carlos Ustárroz Pêgas, que administra duas estâncias no Norte uruguaio.
Para os criadores uruguaios, é atribuído o custo da leitura e da emissão de um certificado. O sucesso do programa, na visão de Pêgas, deu-se pela forma que a rastreabilidade bovina é encarada no país, como uma questão de segurança alimentar.
“O Uruguai trata desse programa com muita seriedade, com um controle severo e radical”, avalia o veterinário, acrescentando que a estrutura uruguaia de inspeção é bem mais simples que a do Brasil, por exemplo.
Modelo semelhante foi adotado pelo estado de Santa Catarina, onde todo o rebanho de 4 milhões de cabeças foi identificado. A medida foi adotada para diferenciar os animais livres de vacinação. O trabalho de identificação durou quase 10 anos.
fonte: Zero Hora
Nenhum comentário:
Postar um comentário