Além da líder soja, o país se destacou pelas vendas de café e carne bovina
Dos dez principais produtos de exportação do Brasil, no período de janeiro a julho de 2014, sete são do agronegócio, segundo análise da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a partir de dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic).
A retomada das exportações de café é destaque, as vendas cresceram 77,2% em valor (US$ 522 milhões) e 44% em quantidade (2,8 milhões de toneladas) em julho, na comparação com o desempenho do ano anterior. De janeiro a julho de 2014, o resultado das vendas externas de café em grão foi de US$ 3,1 bilhões, aumento de 16,1% em relação a igual período do ano passado. A desvalorização dos preços internacionais do grão, desde 2013 até janeiro deste ano, comprometeu fortemente as receitas com as exportações de café, cenário que começou a mudar nos últimos meses.
A carne bovina também se sobressai, as vendas do produto aumentaram 23,2% em valor (US$ 571,7 milhões) em julho, e 16,7%, no período de janeiro a julho de 2014 (US$ 3,3 bilhões), na comparação com 2013. Segundo a CNA, o forte aumento das exportações brasileiras de carne bovina foi impulsionado, principalmente, pelo aumento das vendas para Hong Kong, Venezuela, Egito e Irã. A decisão da China de retirar o embargo poderá impulsionar ainda mais as vendas do produto no segundo semestre do ano.
O segmento de couros e peles bovinas também vem crescendo significativamente. As receitas com as exportações desses produtos aumentaram 24,6% no acumulado do ano até julho, totalizando US$ 1,7 bilhão, com expectativa de novo recorde em 2014.
A soja em grão continua liderando o comércio externo do país. A receita cambial foi de US$ 19,3 bilhões até julho, resultado que representou 14,4% dos US$ 133,6 bilhões do total das exportações do Brasil.
Destaque, ainda, no período, para o bom desempenho no valor das vendas de madeira serrada (+17,4%), de farelo de soja (+15%) e de carne suína (+12,9%).
Já os embarques de milho e fumo em folhas continuam com queda expressiva de 53,2% e 34,5% em valor, respectivamente. No caso do milho, a redução do valor das vendas externas está relacionada ao aumento da oferta, resultado da colheita da segunda safra brasileira e da recuperação da produção nos Estados Unidos. A perspectiva é de recuperação dos estoques mundiais e consequente redução dos preços.
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