Informativo Cepea mostra que o Custo Operacional Efetivo (COE) teve alta de 12,87% no primeiro semestre de 2014
Os custos de produção da pecuária de corte subiram “fortemente no primeiro semestre deste ano, superando a alta no preço da arroba”, destaca o Informativo Cepea/Cna elaborado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia, da Universidade de São Paulo e da Escola Superior de Agricultura. Os números mostram que, nos onze principais Estados produtores, o preço médio do Custo Operacional Total (COT) subiu 10,72% e o Custo Operacional Efetivo (COE) outros 12,87%, nos primeiros seis meses de 2014.
No mesmo período, o preço do boi gordo valorizou 8,56%, maior percentual de alta desde 2010, conforme a média mensal do Indicador Esalq/BM&FBovespa. Naquele ano, o levantamento havia apresentado aumento no preço do boi gordo de 12,77%, para o COT, e de 14,75% em relação ao COE. De acordo com o Informativo Cepea/Cna, os gastos com reposição de animais e suplementação mineral foram os principais responsáveis pela elevação dos custos enfrentados pelos produtores no segundo trimestre deste ano.
Preço do bezerro. O estudo mostra, ainda, que as cotações de todos os elos da cadeia pecuária encerraram o semestre de 2014 em alta, com destaque para o preço do bezerro. No Mato Grosso do Sul, por exemplo, o Indicador Esalq/BM&FBovespa demonstrou, em junho passado, forte incremento na comercialização de animais de oito a 12 meses, com elevação de 19,5%, em relação aos preços praticados em dezembro do ano passado.
Indica o Informativo que, entre janeiro de 2004 e junho de 2014, o poder de compra dos pecuaristas de recria-engorda caiu. Mesmo assim, houve um salto de qualidade na produção de bezerro no Brasil. Enquanto, em janeiro de 2014, o produtor precisava vender 6,21 arrobas para adquirir um bezerro, em junho deste ano foram necessárias 8,53 arrobas, ou seja, 37% a mais em relação ao levantamento de 2004.
Fonte: AI, adaptado pela equipe feed&food.
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