quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Genética gaúcha atrai pecuaristas de fora

Criadores do Sudeste e Centro-Oeste buscam raças britânicas no RS

Com escritório de remates em Araçatuba (SP), Lourenço Campo desembarcou no Rio Grande do Sul com uma missão: ser olheiro de criadores do Sudeste e Centro-Oeste interessados na genética bovina gaúcha. Na recém-iniciada temporada de primavera, compradores de fora do Estado deverão responder por 20% dos lances.

A procura por raças britânicas para cruzamento com o zebuíno nelore é justificada pela carne saborosa e pelas exportações, que devem crescer com disposição da Rússia de dar prioridade ao produto brasileiro. Contribui a exigência de consumidores por carnes mais nobres e alta na demanda mundial.

– A genética bovina gaúcha é diferenciada, e os cruzamentos com nelore resultam em animais precoces e, consequentemente, com qualidade superior – diz Campo.

As raças sintéticas brangus e braford são as preferidas de compradores do Centro-Oeste pela melhor adaptação ao clima seco. No Leilão Brangus JMT, na quarta-feira passada em Santa Maria, Campo representou criadores de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Minas Gerais.

– Eles (os compradores) acompanham pela televisão e eu confiro os animais de perto.

Os lances de outros Estados podem ajudar a elevar o preço pago por reprodutores nesta temporada.

– De cinco anos para cá, pecuaristas brasileiros intensificaram a procura por touros, ventres e sêmen produzidos no Estado. Isso ajuda a valorizar nosso produto – diz Jarbas Knorr, presidente do Sindicato dos Leiloeiros Rurais do Rio Grande do Sul.

Fonte: Campo & Lavoura, Zero Hora

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