30 de outubro de 2014
por Josélia Pegorim
No começo do outono de 2014, a Organização Meteorológica Mundial alertou na imprensa sobre a ocorrência de um novo evento do fenômeno El Niño e que poderia ser muito forte. A comparação naquela época era com evento de 1997/1988, considerado o El Niño mais forte já observado, desde que se faz o monitoramento científico da temperatura da água do Oceano Pacífico, onde ocorre o fenômeno.
No inverno, a comunidade meteorológica fez uma nova avaliação da previsão do fenômeno e concluiu que ainda teríamos um El Niño em 2014, mas com intensidade muito menor do que a inicialmente prevista. Seria um El Niño com fraca a no máximo moderada intensidade e que só em setembro teríamos a confirmação efetiva do fenômeno.
O El Niño é um fenômeno meteorológico de escala global caracterizado pelo aquecimento acima do normal das águas do oceano Pacífico, na sua porção equatorial leste, que abrange toda a região entre a Indonésia, a Austrália e a costa do Peru.
Vários fatores precisam ser verificados para que um evento El Niño se configure. Um deles é que as água do Pacífico, na região conhecida como Niño 3.4, fique por três meses consecutivos com temperatura pelo menos meio grau acima do normal.
O El Niño altera o padrão de chuva e de temperatura em vários locais do planeta. No Brasil, os efeitos clássicos são a diminuição da chuva sobre a Região Nordeste e o aumento da chuva sobre a Região Sul.
Chegamos na primavera e uma nova avaliação concluiu que não temos mais um El Niño em 2014, que o fenômeno não estava configurado em setembro e nem iria se configurar.
O que deu errado? Sem o El Niño, o que muda na projeção da chuva sobre o Brasil no verão 2014/2015? Confira a entrevista com a meteorologista da Climatempo Patricia Madeira, especialista em previsão climática.
fonte: Climatempo
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