A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) espera que as exportações se recuperem ainda este mês e estima um avanço de 8,9% nos embarques em 2015, para 1,7 milhão de toneladas, com alta de 11% em faturamento, totalizando US$ 8 bilhões.
Em março, a Abiec espera aumento da demanda do Irã. Ao longo do ano, a expectativa é de que a reabertura de mercados como Iraque e África do Sul ajudem nos embarques.
A Abiec também conta com o potencial fim de embargos na China e na Arábia Saudita. Representantes do país árabe chegam ao Brasil no dia 14 de abril para uma visita técnica que pode acelerar a retomada das importações. Caso haja a retomada das compras, haverá maior espaço de negociação comercial com países do Golfo Pérsico, como Kuwait, Bahrein, Omã, Emirados Árabes Unidos e Qatar.
Já o operador de commodities do BESI Brasil, Leandro Bovo, disse que não espera repetir o bom resultado nas exportações obtidos no ano passado, citando dificuldades em parceiros comerciais como a Rússia e a Venezuela, bem como alegando que não há certeza de quando os embargos à carne brasileira serão superados.
Adolfo Fontes, analista sênior do Rabobank Brasil para proteína animal, também ressalta a desaceleração das vendas neste início de ano, mas acredita em um incremento em 2015. Segundo ele, o Brasil deve ser beneficiado pela queda no volume de exportações da Austrália. Além disso, a desvalorização do real ante o rublo deve melhorar os negócios com a Rússia.
Por enquanto, a média diária comercializada de carne bovina in natura nas duas primeiras semanas de março foi de 3,9 mil toneladas, volume 15% inferior à média verificada em março de 2014 e 7,1% menor que a do mês anterior, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic).
Fonte: Agência Estado, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.
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