O outono começa às 19h45min da próxima sexta-feira, mas isso é tudo o que se sabe com certeza a respeito da próxima estação até o momento.
Outros detalhes do trimestre, como a quantidade de chuva que deverá atingir o Rio Grande do Sul ou a intensidade do frio que vem por aí, não encontram consenso entre os diferentes centros de análise climática. Resta apostar na previsão predileta.
Por enquanto, os gaúchos podem escolher o prognóstico que melhor lhes convier. Se preferirem o da Climatempo, por exemplo, podem se preparar para uma temporada de chuvas um pouco abaixo da média histórica na maior parte do período. Se por alguma razão interessar um outono mais úmido, então a dica é apostar na expectativa do CentroEstadual de Meteorologia (Cemet/RS) da Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária — que prevê precipitação acima do normal na maior parte do tempo.
Outono chega derrubando a temperatura na Região Sul
O boletim mais recente do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), elaborado em colaboração com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), indica maior probabilidade de chuva entre as categorias “normal” e “acima do normal” para o sul do país nos meses de março, abril e maio.
Em relação à previsão de temperatura, os gaúchos também podem separar tanto o casaco de lã quanto a jaqueta. Quem lançar suas fichas no boletim do CPTEC deve levar a jaqueta embaixo do braço: expectativa de temperaturas “variando de normal a acima da normal”. Quem apostar tudo na Climatempo deve esperar mais calor do que a média em abril e mais frio em maio e junho, quando devem apelar para o casacão. Para o Cemet/RS, o frio deve se intensificar ainda em abril e prosseguir em maio.
Uma das principais razões para esse jogo de azar climático é — sempre ele — o célebre El Niño (aquecimento das águas do Pacífico que influencia no clima global. Quando há El Niño, por exemplo, chove mais no Estado). O problema é que não há muita certeza sobre como o Niño vai se comportar. Aliás, nem mesmo há consenso sobre a existência dele. Para os meteorologistas do governo americano, ele já está em ação, ainda que enfraquecido. Para os colegas australianos, ainda não está completamente configurado.
— Existem divergências entre os centros de previsão devido à expectativa de formação ou não do El Niño. O fato de que a temperatura está mais quente em algumas áreas do Pacífico e mais fria no Leste também não ajuda — afirma a meteorologista da Climatempo Bianca Lobo.
O meteorologista da Fepagro Flavio Varone acredita que o fenômeno do Pacífico tardou, mas não falhará:
— O El Niño já era esperado, foi demorando para aparecer, mas deverá provocar alguma influência nos próximos meses. Por isso, trabalhamos com a expectativa de chuva um pouco mais elevada no Estado — explica.
O Inmet deverá se reunir na próxima semana para lançar um novo boletim climático. Por enquanto, resta torcer para a previsão de sua escolha.
Fonte: Zero Hora
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