Minerva foi o único a fechar 2015 no azul, com alta de 7%. Marfrig e JBS recuaram 12,9% e 11,7%, respectivamente
Alisson Freitas
Foto:Portal DBOAmpliar foto
Na semana passada o IBGE divulgou o número de animais abatidos no Brasil em 2015, quando houve um recuo de 9,7% em relação a 2014. A queda é explicada pela baixa oferta de animais no mercado, o que também tem acontecido em outros países na América do Sul. Nos três maiores frigoríficos com operações no País e Mercosul, a redução foi ligeiramente mais suave. Juntos, JBS, Marfrig e Minerva abateram, aproximadamente 12,8 milhões de cabeças na América do Sul em 2015, queda de 9,1% em relação ao ano anterior.
Em seus balanços anuais, as empresas alegam que a queda foi puxada pela falta de animais no mercado, o que levou os frigoríficos a fechar algumas unidades e dar férias coletivas em outras durante o ano passado e início deste ano.
O Minerva foi o único a fechar no azul. Os abates do frigorífico no Mercosul cresceram 7%, saltando de 2,1 milhões, em 2014, para 2,2 milhões no ano passado. O resultado foi puxado pelas operações no Paraguai e Uruguai, que cresceram 7% e 5%, respectivamente. No Brasil, o volume recuou 7%. Atualmente a companhia tem 15 unidades ativas no Brasil, Paraguai, Uruguai e Colômbia. No ano passado foram interrompidas as atividades nas plantas de Mirassol D'Oeste, MT, e Batayporã, MS.
A maior queda foi do Marfrig, que abateu 2,2 milhões de cabeças bovinas em 2015, recuo de 12,9% em relação aos 2,5 milhões de 2014. Como ajuste de mercado, o frigorífico encerrou atividades em cinco unidades no ano passado, sendo que três delas (Rio Verde/GO, Paranaíba/MS e Rolim de Moura/RO) eram arrendadas e foram devolvidas ao frigorífico Margem. As outras duas que tiveram as atividades interrompidas foram a de Pirenópolis, GO, e Promissão II, SP.
Por fim, o volume de abates da JBS no Mercosul caiu de 9,3 milhões de cabeças em 2014 para 8,2 milhões no ano passado, queda de 11,7%. Estima-se que o Brasil represente, no mínimo, 85% desse volume; sendo assim, a empresa fechou 2015 mandando 7 milhões de animais para o gancho nas 47 unidades em território brasileiro. A JBS também tem cinco plantas no Paraguai, Uruguai e Argentina.
Embora não tenha fechado nenhuma unidade no ano passado, a JBS deu férias coletivas de 20 dias para funcionários de cinco plantas no início de março de 2016, alegando ajuste de mercado em função da baixa oferta de animais. Após esse período, a empresa afirma que as atividades serão retomadas normalmente. “Não vamos fechar nenhuma unidade e acredito que o mesmo ocorre com a indústria de forma geral”, afirma Wesley Batista, CEO da JBS, durante balanço anual da empresa. “O nosso negócio de boi está adequado e temos tranquilidade de que em breve vai ter matéria-prima suficiente”, concluiu.
Fonte: Portal DBO
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