O Ministério da Agricultura quer dar sangue novo às exportações de gado vivo, um setor que já foi responsável por receitas de até US$ 724 milhões, como ocorreu em 2014, mas, atualmente, anda em ritmo lento.
As exportações de animais vivos somam apenas 86 mil cabeças nos cinco primeiros meses deste ano. Há dois anos, atingiam 372 mil cabeças no mesmo período.
O ponto alto das exportações ocorreu nos anos de 2013 e 2014, quando as vendas médias somaram 670 mil animais por ano, com receitas anuais de US$ 703 milhões.
A queda brusca se deve praticamente à saída de mercado da Venezuela nos dois últimos anos. Neste ano, os venezuelanos importaram apenas 8.000 animais, ante 308 mil em igual período de 2014.
Enquanto a Venezuela não resolve seus problemas econômicos, a saída tem de ser mesmo pela busca de tradicionais importadores de gado em pé, como Jordânia, Egito, Líbano e Turquia.
O Líbano chegou a importar 130 mil animais vivos do Brasil em 2013, enquanto a Turquia comprou 44 mil em 2012.
Mas, se o Brasil tem a vantagem de um real mais fraco atualmente, para atingir esses mercados, o país encontra uma concorrência mais forte dos europeus.
Mas, se o Brasil tem a vantagem de um real mais fraco atualmente, para atingir esses mercados, o país encontra uma concorrência mais forte dos europeus.
Uma das saídas, como espera o Ministério da Agricultura, é atingir os mercados asiáticos da China e do Vietnã.
A logística de exportação, no entanto, não é tão favorável como as de indianos e australianos, próximos à região.
A ampliação das exportações de gado em pé sempre gera uma controvérsia. Para uns, como argumentam os frigoríficos, o país troca as vendas de produtos de maior valor agregado por apenas matéria-prima.
A logística de exportação, no entanto, não é tão favorável como as de indianos e australianos, próximos à região.
A ampliação das exportações de gado em pé sempre gera uma controvérsia. Para uns, como argumentam os frigoríficos, o país troca as vendas de produtos de maior valor agregado por apenas matéria-prima.
Para outros, no entanto, a saída do gado vivo dá ânimo aos preços do boi internamente em regiões especializadas em exportação.
Há espaço para as duas atividades. O país já se tornou grande nas exportações de carne e pode suprir, também, parte do mercado externo com gado vivo.
Se não o fizer, outros países vão ocupar esse espaço, o que não significa necessariamente aumento de exportação de carne
Fonte: Folha de S.Paulo
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