Representantes do setor discutem a suspensão da imunização como forma de ganhar mais mercados
Dez anos depois da primeira tentativa de suspender a vacinação contra a aftosa, o agronegócio gaúcho volta a discutir o assunto. Se obter o status de livre da doença sem vacinação será igualado a Santa Catarina, único Estado no país com esta condição.
O Rio Grande do Sul chegou a interromper a imunização em abril de 2000, manteve a decisão apesar de focos no município de Jóia, quando animais infectados foram abatidos, e retomou a vacinação em 2001, após novos casos da doença.
Quase uma década após esse fato, técnicos da Federação da Agricultura do Estado defendem os pontos que podem mudar o status gaúcho. Uruguai e Argentina também têm situação estável, mas a mudança exigiria aumentar a fiscalização nas fronteiras.
– Ser “livre sem” é uma meta nossa. Teríamos de avaliar um controle de fronteira mais rigoroso – explica Carlos Sperotto, presidente da entidade.
Secretário estadual de Agricultura, João Carlos Machado diz que essa não é uma questão difícil de ser alcançada:
– Devemos abrir 250 vagas de agentes administrativos que cuidarão da parte burocrática, liberando técnicos e veterinários para irem a campo.
Por que não vacinar?
— O Estado poderia ganhar mercados exigentes, como EUA e Japão, que restringem importação de carne in natura de áreas que não estão livres de aftosa sem vacinação. Isso também beneficiaria produtores de suínos e aves.
-— Os custos com vacinação no Estado são de quase R$ 30 milhões.
FONTE Zero Hora
Autor: Bruna Maia, Especial
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