quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Minerva busca mais mercados no mundo árabe

O frigorífico Minerva aposta no crescimento das vendas para o mercado árabe, que já é um dos principais destinos das exportações do grupo. Uma das estratégias é a abertura de novos mercados na região e para isso a empresa já começou a trabalhar. De 15 a 18 de setembro, o frigorífico esteve representado em missão comercial à Argélia e Omã, organizado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic).
"A nossa participação na missão foi bastante positiva pois tivemos a oportunidade de conhecer melhor o mercado de Omã, onde nos encontramos com o ministro da Agricultura Salim Bin Hilal Al Khalili, que se mostrou bastante favorável em aumentar a parceria com o Brasil no setor do agronegócio", diz Fernando Galletti de Queiroz, presidente do Minerva. "É um país bastante promissor, que projeta grandes investimentos, principalmente em turismo, para os próximos anos. Ainda, porém, tem sido pouco explorado pelo nosso setor da carne bovina", destaca Queiroz.
Na Argélia, que é um dos principais destinos para a carne brasileira entre os países árabes, o Minerva realizou um churrasco promocional na Embaixada Brasileira, na capital Argel, com o objetivo de divulgar ainda mais as qualidades da carne brasileira entre os argelinos. A carne brasileira é de fato muito apreciada na Argélia. O país foi em 2009 e 2010 um dos destinos árabes que mais importou carne bovina brasileira e o Minerva foi um dos líderes na exportação para a região, além de maior exportador para a Argélia.
De acordo com Queiroz, a última viagem permitiu avaliar novas oportunidades na Argélia e garantir competitividade mesmo com as adversidades de mercado. "As autoridades argelinas autorizaram recentemente a importação de carne indiana para o país e sentimos que era a hora certa para avaliar de perto qual está sendo a reação do mercado para esta medida e então definir a nossa estratégia", explica. Segundo ele, a Argélia é um mercado onde a parceria tem sido fundamental para o Minerva, já que com os atuais parceiros importadores a empresa vem conseguindo alcançar uma expressiva participação no mercado. "A consolidação e fortalecimento de antigas parcerias foi o nosso foco durante a viagem", garante.
Queiroz destaca ainda que o Oriente Médio sempre foi muito relevante na participação das exportações do Minerva desde que estas se iniciaram. Hoje o frigorífico mantém escritórios em diversos países árabes como Líbano (Beirute), Arábia Saudita (Jeddah) e na Argélia (Argel). Além disso, lançou recentemente o projeto Minerva-Halal no Irã, que não é um país árabe, mas está localizado no Oriente Médio. Dessa forma, o projeto se estende também para todos os países árabes em que o frigorífico brasileiro está presente. "O projeto busca divulgar este selo de qualidade e comprometimento da marca Minerva com o abate halal", conta Queiroz.
Hoje o Minerva exporta para 14 países árabes. Líbano, Arábia Saudita, Argélia, Egito, Líbia, Tunísia, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Qatar, Oman, Bahrein, Jordânia, Iraque e Palestina importam principalmente carne bovina in natura desossada e congelada. "Nossa estratégia é de estar sempre o mais próximo possível dos nossos clientes, conhecer as dificuldades e enxergar as oportunidades, aproveitando nosso know-how de mais de 15 anos de experiência no mercado para trazer novas parcerias buscando sempre a melhor rentabilidade", destaca o presidente.
O Minerva possui uma exportação bastante diversificada e atua em mais de 80 países, o que ajuda o frigorífico a diluir o risco de mercado. "Mas hoje, sem dúvida, o Oriente Médio detém uma fatia muito expressiva, que chegou a atingir quase 40% do volume total exportado no segundo trimestre de 2010", afirma Queiroz. O frigorífico apresentou receita bruta consolidada do segundo trimestre de 2010 com crescimento de 35,8% em relação às receitas do segundo trimestre de 2009, totalizando R$ 920,2 milhões, recorde histórico da companhia. Desse total R$ 655 milhões foram provenientes das exportações, representando 71,2%.

FONTE: A reportagem é da Agência de Notícias Brasil Árabe (Anba), resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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