Retomando o comércio de bubalinos com o mercado exterior, interrompido desde o final do ano passado, o Estado do Pará iniciou, há pouco mais de 15 dias, o embarque para a Venezuela de 4.500 búfalos comercializados vivos. Os navios carregados com os animais, parte deles ainda em quarentena, zarpam do porto de Vila do Conde. Do total comercializado, cerca de 3.000 búfalos são procedentes do Marajó e os restantes 1.500, de outros municípios paraenses.
De acordo com o presidente da Associação Paraense dos Criadores de Búfalos, João Rocha, o Estado do Pará exportou no ano passado cerca de 10 mil búfalos. A Venezuela, que adquire esses animais principalmente para cria e recria, foi o destino de aproximadamente oito mil cabeças. Os restantes – em torno de dois mil – foram comercializados para o Líbano e destinados integralmente ao abate.
As informações sobre o rebanho bovino hoje existente no Brasil são divergentes e variam de acordo com a fonte. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), por exemplo, quantificou o rebanho brasileiro em 2010, data de seu último levantamento, em pouco mais de 1,2 milhão de cabeças, respondendo o Pará, sozinho, por cerca de um terço desse total. Aqui, os maiores produtores são os municípios de Chaves, Soure e Cachoeira do Arari.
A Associação Paraense de Criadores de Búfalos, por sua vez, trabalha com números ligeiramente superiores. Segundo o presidente da APCB, João Rocha, o Brasil abriga hoje um rebanho de aproximadamente 1,5 milhão de bubalinos, dos quais a maior parte, cerca de um milhão, está concentrada na região Norte. Como há entre essas estimativas uma defasagem de dois anos, pode-se atribuir a diferença dos números ao crescimento vegetativo dos rebanhos nas diferentes regiões brasileiras ao longo desse período.
Já a Associação Brasileira de Criadores de Búfalos (ABCB), entidade criada em 1960 com sede em São Paulo, trabalha com números muito mais robustos. A entidade estima em cerca de três milhões o rebanho bubalino nacional. Segundo a ABCB, o rebanho brasileiro de búfalos tem o maior índice de crescimento entre todos os animais campestres do país. Com isso, ela projeta para dentro de trinta anos um rebanho de 50 milhões de cabeças.
Mantendo-se à parte desse tipo de discussão, o presidente da APCB, João Rocha, observa que o búfalo alcança melhores preços no mercado internacional porque é mais precoce e tem dupla aptidão, tanto para a produção de carne quanto para leite. Além disso, acrescentou, o leite de búfala apresenta no processo industrial um rendimento médio superior em 40% ao do leite de vaca.
A bubalinocultura é hoje considerada uma boa opção para a produção de leite em função de sua excepcional qualidade e dos altos teores de gordura, proteína e sólidos, o que lhe permite maior rendimento na fabricação de lácteos, em especial na produção do queijo mozzarella, um alimento com demanda crescente nos mercados de todo o planeta. Estudos realizados por diversos centros de pesquisa para a Organização Mundial de Saúde apresentam, como traço comum, a conclusão de que o consumo do leite de búfala e de seus derivados reduz os riscos de doenças cardiovasculares, especialmente o infarto e a aterosclerose.
BÚFALOS
4.500 animais foram embarcados do Pará para a Venezuela. 3 mil búfalos são procedentes do Marajó e 1,5 mil de outros municípios do estado.
2011
8 mil animais foram exportados no ano passado para a Venezuela e 2 mil, para o Líbano. Segundo dados de 2010, o rebanho de búfalos no Brasil varia de 1,2 milhão (Mapa) de cabeças a 3 milhões (criadores). O Pará tem cerca de 1/3 desse rebanho.
De acordo com o presidente da Associação Paraense dos Criadores de Búfalos, João Rocha, o Estado do Pará exportou no ano passado cerca de 10 mil búfalos. A Venezuela, que adquire esses animais principalmente para cria e recria, foi o destino de aproximadamente oito mil cabeças. Os restantes – em torno de dois mil – foram comercializados para o Líbano e destinados integralmente ao abate.
As informações sobre o rebanho bovino hoje existente no Brasil são divergentes e variam de acordo com a fonte. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), por exemplo, quantificou o rebanho brasileiro em 2010, data de seu último levantamento, em pouco mais de 1,2 milhão de cabeças, respondendo o Pará, sozinho, por cerca de um terço desse total. Aqui, os maiores produtores são os municípios de Chaves, Soure e Cachoeira do Arari.
A Associação Paraense de Criadores de Búfalos, por sua vez, trabalha com números ligeiramente superiores. Segundo o presidente da APCB, João Rocha, o Brasil abriga hoje um rebanho de aproximadamente 1,5 milhão de bubalinos, dos quais a maior parte, cerca de um milhão, está concentrada na região Norte. Como há entre essas estimativas uma defasagem de dois anos, pode-se atribuir a diferença dos números ao crescimento vegetativo dos rebanhos nas diferentes regiões brasileiras ao longo desse período.
Já a Associação Brasileira de Criadores de Búfalos (ABCB), entidade criada em 1960 com sede em São Paulo, trabalha com números muito mais robustos. A entidade estima em cerca de três milhões o rebanho bubalino nacional. Segundo a ABCB, o rebanho brasileiro de búfalos tem o maior índice de crescimento entre todos os animais campestres do país. Com isso, ela projeta para dentro de trinta anos um rebanho de 50 milhões de cabeças.
Mantendo-se à parte desse tipo de discussão, o presidente da APCB, João Rocha, observa que o búfalo alcança melhores preços no mercado internacional porque é mais precoce e tem dupla aptidão, tanto para a produção de carne quanto para leite. Além disso, acrescentou, o leite de búfala apresenta no processo industrial um rendimento médio superior em 40% ao do leite de vaca.
A bubalinocultura é hoje considerada uma boa opção para a produção de leite em função de sua excepcional qualidade e dos altos teores de gordura, proteína e sólidos, o que lhe permite maior rendimento na fabricação de lácteos, em especial na produção do queijo mozzarella, um alimento com demanda crescente nos mercados de todo o planeta. Estudos realizados por diversos centros de pesquisa para a Organização Mundial de Saúde apresentam, como traço comum, a conclusão de que o consumo do leite de búfala e de seus derivados reduz os riscos de doenças cardiovasculares, especialmente o infarto e a aterosclerose.
BÚFALOS
4.500 animais foram embarcados do Pará para a Venezuela. 3 mil búfalos são procedentes do Marajó e 1,5 mil de outros municípios do estado.
2011
8 mil animais foram exportados no ano passado para a Venezuela e 2 mil, para o Líbano. Segundo dados de 2010, o rebanho de búfalos no Brasil varia de 1,2 milhão (Mapa) de cabeças a 3 milhões (criadores). O Pará tem cerca de 1/3 desse rebanho.
FONTE: Diário do Pará
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