quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Chip do boi com tecnologia nacional


Empresa de Panambi, no RS, é a primeira a colocar no mercado produto elaborado no Brasil
Marcela Caetano
A Fockink lançou nesta quarta-feira, 29, o primeiro brinco eletrônico para identificação de animais com chip nacional. A apresentação do produto aconteceu na Expointer, em Esteio, no Rio Grande do Sul.
A empresa gaúcha é a primeira a utilizar tecnologia brasileira e substituiu os chips europeus para a fabricação dos brincos eletrônicos. Segundo Sigfried Kwast, diretor superintendente do grupo, os produtos importados traziam dificuldades de competitividade. “Com o uso do produto brasileiro reduzimos entre 30% e 35% o custo dos brincos”, afirma.
O foco da empresa será a oferta dos brincos para bovinos e, posteriormente, para outros animais, como suínos. A meta é atingir o mercado interno e também externo, com ênfase na América Latina. “O produto vai poder competir em condições de igualdade  no mercado internacional”, salienta.
Os chips foram projetados Ceitec e a primeira encomenda foi de 10 mil unidades. No momento, apenas 5% do processo de produção chips está a cargo da Ceitec. O restante é feito pela empresa alemã X-FAB. A expectativa é de que até meados de 2014 a transferência de tecnologia seja concluída e os chips tenham fabricação 100% nacional.
“Estamos vivendo uma experiência de inovação por meio de parcerias como esta, em que o produto vai para o mercado via alguém que conhece o segmento e que vai nos dar retorno para que a gente consiga desenvolver o produto para atender a demanda do mercado”, avalia o presidente do Ceitec, Cylon Gonçalves da Silva.
Outras cinco empresas já testam os chips do boi elaborados pelo Ceitec. Até 2014 a empresa pública federal projeta a fabricação de 70 milhões de unidades/ano.
Rastreabilidade no RS
O Rio Grande do Sul deve desenvolver um projeto de rastreabilidade obrigatória para todo o rebanho, o que amplia o otimismo do Kwast em relação ao produto. “O Estado tem uma grande vantagem comparativa, uma carne de excelente qualidade e alto valor agregado. Isso exige rastreabilidade e esse é o caminho que estamos trilhando”, aposta.


Fonte: Portal DBO

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