segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Governo Federal coloca logística em agenda estratégica, avalia Aprosoja Brasil


O Governo Federal anunciou na manhã desta quarta-feira (15.08) o Programa de Investimentos em Logística

Reprodução

DO PORTAL DO AGRONEGÓCIO
De acordo com o Ministério dos Transportes, desse total R$ 79,5 bilhões serão investidos nos primeiros cinco anos. Ainda conforme os dados apresentados, para as rodovias brasileiras serão destinados R$ 42 bilhões e para as ferrovias o montante para investimentos será de R$ 91 bilhões.

Para o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), Glauber Silveira, o ponto positivo do anúncio é o fato de finalmente o Governo Federal colocar na sua agenda estratégica a logística e infraestrutura para o escoamento da produção de grãos. “Nós percebemos que a presidente também se cansou de sucessivas prorrogações de prazos de entrega das obras e agora fixou metas e prazos, para que as obras saiam do papel”, afirmou o dirigente.

O setor agrícola tem sido prejudicado há anos pela falta de investimentos em logística. Segundo dados do setor, o agronegócio perde US$ 4 bi por ano devido a ineficiência da infraestrutura e logística brasileira. “O Brasil deve investir mais em hidrovias e ferrovias, formas de transporte mais eficientes para longas distâncias e de menor impacto ambiental se comparado à rodoviária, por isso aguardamos as ações do programa de investimento também para as hidrovias”, ressaltou Silveira.

De acordo com a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), das 32 milhões de toneladas de soja exportadas pelo Brasil 53% (17 milhões de t) seguem aos portos por rodovias, 36% (11,5 milhões de t) ferrovias, e 12% (3,5 milhões de t) por hidrovias.

O ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, afirmou que serão priorizados os principais eixos rodoviários e ferroviários do Brasil, sendo nove trechos de rodovias - nos estados de Minas Gerais, Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Tocantins – e outros 12 trechos de ferrovias em estados como São Paulo, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Bahia.

Um dos pontos lembrados pelo ministro é a BR 163, que corta todo o Centro-oeste brasileiro e é responsável pelo escoamento de grande parte dos grãos produzidos no país.

“Temos a convicção de que o imperativo para o desenvolvimento acelerado do país é a disponibilização de uma ampla e moderna rede de infraestrutura logística eficiente e a prática de tarifas módicas, custos de operações de transportes baratos. Com esse programa esperamos que não haja mais monopólio porque somente assim haverá competitividade e redução de tarifas”, afirmou o ministro durante o lançamento do programa, ao lado da presidente Dilma Rousseff.

A presidente Dilma Rousseff afirmou que o Brasil entra em uma etapa em que sairá mais fortalecido e rumo ao alcance de uma economia mais competitiva. “Buscamos com o programa o caminho para uma infraestrutura de qualidade e o mais barato possível. O Brasil sairá mais rico, mais forte, mais moderno e mais competitivo com esse novo programa”, discursou a presidente.

CONCESSÕES - Conforme o programa, o modelo de concessão para obras nas rodovias prevê investimentos nos primeiros cinco anos em duplicações, contornos, travessias e a seleção do concessionário será pela menor tarifa de pedágio. Com relação às ferrovias, o ministro anunciou que o modelo adotado será a Parceria Público-Privada (PPP). Segundo ele, o governo vai contratar a construção, manutenção e a operação da ferrovia, enquanto a Valec, empresa pública de ferrovias, vai comprar a capacidade integral do transporte das ferrovias e fazer a oferta pública dessa capacidade.

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