Analistas da pecuária de corte se reuniram na sexta-feira (9) em São Paulo para discutir tendências, desafios e ações que possam tornar a atividade rentável
Ameaças ao ciclo de criação da pecuária bovina de corte é o que não falta na atual conjuntura nacional. E podem, já a partir dos dois próximos anos, tornar o bezerro um produto escasso e numa visão mais pessimista, colocar em xeque o futuro da pecuária.
Com o intensivo abate de fêmeas, a baixa remuneração pelo bezerro e as pressões ambientais que impedem o avanço da atividade – vacas e suas crias são utilizadas na abertura de áreas – o ciclo da cria vem sendo penalizado e atualmente e desestimulando da atividade.
Para analistas, considerando o atual cenário, o apagão na oferta de bezerros já trará reflexos em preços para os próximos dois anos e reverberar pela pura e simples falta dos animais nos próximos dez.
Independente de ciclos da atividade, que ora limitam a oferta de bezerro pelo intensivo abate de fêmeas motivado pela falta de liquidez do pecuarista, e ora pela falta de pasto por pragas ou seca, hoje, o bezerro está valendo menos do que deveria. “Abatendo fêmeas como estamos fazendo, só estamos ampliando o intervalo das crias, tornando o cenário ainda mais factível”, alerta o analista da Scot Consultoria, promotora do evento “A pecuária de corte no divã dos analistas”, Alcides Torres. O assunto repercutiu muito entre convidados e participantes. No acumulado de 2012, por exemplo, 45% de todo bovino abatido no Brasil foram fêmeas.
Em Mato Grosso, detentor do maior rebanho de bovinos do Brasil, a expectativa é de que a escassez comece a remunerar o pecuarista que se dedica à cria, já no próximo ano. O Estado, que segue a tendência nacional de eliminação das vacas, está comercializando o bezerro por cerca de R$ 650 quando deveria estar valendo pelo menos mais R$ 100.
O analista Flávio Abdo foi claro ao afirmar que a luz amarela para a criação de bezerros está acesa. “Existem regiões onde já há falta de bezerros e nos perguntamos de onde poderemos importar”. Conforme Abdo, representante da fazenda Conforto, há informações de já existem locais onde há falta desses animais.
Para Gustavo Aguiar, analista da Scot Consultoria, a situação pode piorar. “A procura será crescente. O criador mais especializado irá sobressair”.
O representante da fazenda Santa Bárbara, Fábio Dias, aponta que a cria é muito mais difícil do que a recria e engorda. “A dependência tecnológica é muito grande. O nível atual de rentabilidade ainda não a torna atrativa”.
Independentemente de mercado e da vocação do pecuarista para esta etapa um outro grande gargalo merece atenção em relação à oferta dos bezerros. Como destaca o analista do Cepea, Sérgio De Zen, o Brasil tem uma menor produtividade de vacas, em relação a outros importantes players do segmento. “Para cada 100 vacas temos o menor índice de produtividade, 60 animais. Na Austrália são 80”.
Ameaças ao ciclo de criação da pecuária bovina de corte é o que não falta na atual conjuntura nacional. E podem, já a partir dos dois próximos anos, tornar o bezerro um produto escasso e numa visão mais pessimista, colocar em xeque o futuro da pecuária.
Com o intensivo abate de fêmeas, a baixa remuneração pelo bezerro e as pressões ambientais que impedem o avanço da atividade – vacas e suas crias são utilizadas na abertura de áreas – o ciclo da cria vem sendo penalizado e atualmente e desestimulando da atividade.
Para analistas, considerando o atual cenário, o apagão na oferta de bezerros já trará reflexos em preços para os próximos dois anos e reverberar pela pura e simples falta dos animais nos próximos dez.
Independente de ciclos da atividade, que ora limitam a oferta de bezerro pelo intensivo abate de fêmeas motivado pela falta de liquidez do pecuarista, e ora pela falta de pasto por pragas ou seca, hoje, o bezerro está valendo menos do que deveria. “Abatendo fêmeas como estamos fazendo, só estamos ampliando o intervalo das crias, tornando o cenário ainda mais factível”, alerta o analista da Scot Consultoria, promotora do evento “A pecuária de corte no divã dos analistas”, Alcides Torres. O assunto repercutiu muito entre convidados e participantes. No acumulado de 2012, por exemplo, 45% de todo bovino abatido no Brasil foram fêmeas.
Em Mato Grosso, detentor do maior rebanho de bovinos do Brasil, a expectativa é de que a escassez comece a remunerar o pecuarista que se dedica à cria, já no próximo ano. O Estado, que segue a tendência nacional de eliminação das vacas, está comercializando o bezerro por cerca de R$ 650 quando deveria estar valendo pelo menos mais R$ 100.
O analista Flávio Abdo foi claro ao afirmar que a luz amarela para a criação de bezerros está acesa. “Existem regiões onde já há falta de bezerros e nos perguntamos de onde poderemos importar”. Conforme Abdo, representante da fazenda Conforto, há informações de já existem locais onde há falta desses animais.
Para Gustavo Aguiar, analista da Scot Consultoria, a situação pode piorar. “A procura será crescente. O criador mais especializado irá sobressair”.
O representante da fazenda Santa Bárbara, Fábio Dias, aponta que a cria é muito mais difícil do que a recria e engorda. “A dependência tecnológica é muito grande. O nível atual de rentabilidade ainda não a torna atrativa”.
Independentemente de mercado e da vocação do pecuarista para esta etapa um outro grande gargalo merece atenção em relação à oferta dos bezerros. Como destaca o analista do Cepea, Sérgio De Zen, o Brasil tem uma menor produtividade de vacas, em relação a outros importantes players do segmento. “Para cada 100 vacas temos o menor índice de produtividade, 60 animais. Na Austrália são 80”.
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