A JBS monopolizou o comércio do boi gordo no Brasil e com isso causou grandes prejuízos aos pecuaristas forçando a queda do preço da arroba do boi. E agora, ao ser questionado sobre o fato de há 5 anos o preço da arroba de boi manter-se o mesmo, sequer acompanhar a inflação, arruma a seguinte desculpa esfarrapada: CULPA DO CONFINAMENTO.
Veja, a seguir, matéria sobre as declarações da JBS:
JBS vê preço preços estáveis da arroba do boi no Brasil
A JBS, maior produtora global de carne bovina, não vê redução significativa no preço da arroba do boi no Brasil neste ano e no próximo, nos períodos de maior oferta de gado, tampouco avalia que ocorrerão altas expressivas durante a chamada entressafra da pecuária.
O diretor de Relações com Investidores da empresa, Jeremiah O'Callaghan, disse nesta quinta-feira durante evento em São Paulo que cada vez mais o que se vê no setor é menos variação de preço entre a safra e a entressafra.
"Esta curva de variação (de preços) quase acabou", disse ele a jornalistas após palestra.
Um aumento do uso do confinamento, sistema intensivo de engorda, no país que tem a maior parte de seu rebanho criado a pasto, tem colaborado para a redução da oscilação de preços, evitando uma alta expressiva de preços no segundo semestre, quando tradicionalmente a oferta de boi diminui devido ao esgotamento das pastagens.
Por outro lado, os confinamentos também absorvem uma parte do rebanho que seria abatido antes da época de seca nas pastagens. Com isso, o sistema intensivo também tem evitado uma queda nos preços, por absorver excedente de oferta.
A capacidade de confinamento no Brasil atualmente está em cerca de 5 milhões de cabeças, de um rebanho comercial de aproximadamente 200 milhões de cabeças.
A própria JBS, que faz confinamento em parcerias com pecuaristas, prevê elevar o número de animais nesse sistema de engorda.
O diretor não mencionou o percentual de aumento em 2013, mas disse que o confinamento da JBS feito com parceiros pode crescer para até 300 mil cabeças.
Os preços da arroba estão na casa de 100 reais atualmente, um pouco acima dos registrados no mesmo período do ano passado, segundo o indicador do boi gordo ESALQ/BM&FBovespa.
fonte: Novo Estado
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