segunda-feira, 27 de abril de 2015

UM PASSO À FRENTE


Nesta semana, quando abrir a campanha de vacinação contra a febre aftosa, o Paraná ficará a um passo do processo de mudança de status sanitário. Quer seguir o caminho de Santa Catarina e tornar-se livre da doença sem vacinação. 
A imunização, voltada a animais jovens, de até 24 meses, será a última. Terminada a campanha, o rebanho não mais receberá as doses. E aí, abre-se prazo de um ano para monitorar a situação. A meta, conforme o secretário de Agricultura do Paraná, Norberto Ortigara, é conseguir, em maio de 2017, a certificação da Organização Mundial de Saúde Animal. Na prática, é o passaporte para bater à porta de mercados como Japão e Coreia do Sul. 
– Estamos perseguindo um outro status sanitário. Atualmente, somos tolhidos dos melhores mercados do mundo – explica Ortigara que, com a medida, gostaria de duplicar a exportação de gado e suíno. 
O rebanho bovino soma 9,4 milhões de cabeças e o plantel de suínos, 5,6 milhões. 
Para fazer a mudança, o Paraná está reforçando a defesa sanitária com a contratação de servidores. No momento, 160. A estimativa é de que sejam necessários um total de 400 profissionais extras. 
O último caso da doença no Parána foi registrado em 2005. O Paraná mantém 33 barreiras sanitárias, 23 das quais na divisa com Mato Grosso do Sul e São Paulo, além de 11 unidades volantes. Tem ainda fronteira com Argentina e com Paraguai – onde foi registrado o último foco da aftosa no continente, em 2012.
– A fronteira com o Paraguai é competência do governo federal. Eles dizem que estão seguros – garante Ortigara. 
Ainda existem pontos de resistência no Paraná, e o trabalho do secretário é, agora, de convencimento. O documento com o pedido para a suspensão da vacinação está na mesa dele. 
A movimentação acelerou o debate sobre a retirada da vacina no Rio Grande do Sul. O Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa) irá se debruçar sobre a questão por meio do subgrupo de trabalho que tem como tarefa avaliar, tecnicamente, a possibilidade de evolução no status gaúcho.
fonte: Gisele Loeblein

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