terça-feira, 4 de janeiro de 2011

SECA NO SUL


Três municípios já decretaram situação de emergência no Rio Grande do Sul devido à estiagem. Bagé, Candiota e Pedras Altas sofrem prejuízos junto com cerca de 50 municípios do estado por causa da falta de chuvas, de acordo com a defesa civil. A estiagem é resultado do La Niña, que resfria as águas do oceano e atrasa a formação de nuvens no continente. A previsão é de seca para todo o verão.

Na cidade de Bagé, o volume de chuvas está abaixo da média desde julho de 2010, mas nos meses de novembro e dezembro a situação se agravou. O Departamento de Água e Esgoto (DAE) da cidade, como ação preventiva, iniciou um sistema de racionamento de água. Bagé foi dividida em dois setores, sendo que cada um deles recebe água por um período de 12 horas.

De acordo com o diretor de Captação e Tratamento de Água do DAE, Sérgio Gonçalves, a ação continuará até que a situação das chuvas se normalizem na região, o que só deve só deve ocorrer com a chegada do inverno. “Estamos no início do verão e os níveis das barragens da cidade já estão diminuindo. Queremos estender a distribuição de água por um longo período”, disse.

No município de Candiota, a estiagem começou em dezembro. O secretário de Agricultura da cidade, Fabiano Oswald, relata que algumas ações já estão sendo tomadas, como a distribuição de água potável em locais do interior, que estão sofrendo mais com a seca.

“Nossa preocupação é que em 2010 a estiagem começou bem mais cedo, em novembro. Existem localidades onde não chove há mais de 60 dias. A produção de leite e sementes já está reduzida. Por isso estamos orientando as pessoas a racionarem água.”

Pedras Altas também decretou estado de emergência. Segundo o secretário de Desenvolvimento Rural e Meio Ambiente, Fábio Tunes, a cidade não enfrenta problemas com o abastecimento de água, mas principalmente com problemas na produção rural, como a secagem dos pastos e o emagrecimento dos animais.

“Agora estamos esperando a visita da Defesa Civil (DC) para homologação do decreto. Porque só assim os recursos, que estão previstos em R$ 5 milhões, serão liberados para amenizar os problemas”, afirma Tunes.


FONTE: Agência Brasil

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