Há quase um mês a arroba do boi está com o preço estável em Mato Grosso. Os pecuaristas aproveitam o momento para vender o gado e fazer a reposição do rebanho.
Depois de cinco anos difíceis no campo, os pecuaristas de Mato Grossotêm bons motivos para comemorar. O preço da arroba está atraente para o produtor. A cotação que em julho era de R$ 77 no estado atingiu R$ 107 no final de novembro. De lá para cá houve uma pequena retração, mas nas últimas três semanas, se mantém na casa dos R$ 95. A federação que representa o setor atribui três motivos para a estabilização dos preços.
“O primeiro grande fator é justamente o poder aquisitivo do brasileiro. O segundo é a diversificação da matriz econômica do estado. Hoje o produtor não é só vendedor de boi, ele vende cana, ele vende floresta, ele vende soja, ou seja, ele não se submete mais a um preço vil. Por último, temos a diminuição do rebanho, dos 24 milhões, estamos reduzidos a 19 milhões, talvez 20”, explicou José Lemos Monteiro, Pres. Comissão Pecuária de Corte – Famasul.
Segundo a Federação de Pecuária do estado, os produtores não estão segurando boi no pasto, é que muitos precisam se capitalizar para fazer novos investimentos.
Com o preço da arroba estável, quem tinha boi gordo vendeu tudo e agora vai repor animais para a próxima entresafra. Muitos pecuaristas atrasaram a engorda em pelo menos dois meses por causa da estiagem prolongada e da alta do preço do bezerro.
Em uma propriedade no município de Terenos, a 30 km de Campo Grande, o dono vendeu o último lote de boi gordo há 20 dias. Ele disse que não se arrepende da decisão porque estava com receio de que o preço voltasse a cair. “A venda foi em momento bom, o preço estava bom e eu precisava fazer a reposição. Já tinha voltado o capim verde, as chuvas, e a gente tem que entrar em novo ciclo de engordas para o ano que vem para que permaneça a garantia de bons preços”, contou João Borges, criador.
Tudo o que o pecuarista lucrou com a venda de animais investiu na fazenda. Ele comprou quase 900 garrotes para engordar. Os animais devem ficar no pasto até maio do ano que vem e depois serão confinados.
FONTE: GLOBO RURAL
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