quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Do pasto à mesa

Cadeia produtiva de carne bovina requer atenção especial do nascimento do bezerro à conservação pós-abate

Muitas pessoas não fazem ideia das etapas envolvidas por trás de um filé mignon ao ponto, quando estão degustando uma refeição. Certamente esta carne passou por um processo que se iniciou com o nascimento do bezerro e estava sob observação momentos antes daquele corte. Para manter a confiança que os consumidores têm na qualidade desta carne, os produtores brasileiros mantêm uma atenção especial com a sanidade de seu gado, que forma hoje o maior rebanho bovino mundial.
Nos primeiros meses de vida dos bovinos de corte, os grandes cuidados costumam ser com problemas umbilicais e verminoses. “Estudos de campo indicam que cerca de 30% dos bezerros apresentam doenças ligadas à cicatrização do umbigo e mais de 5% destes acabam morrendo. Porém a maior causa de morte destes animais são as verminoses, a partir do 3º mês de vida”, explica o professor e vice-diretor da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo, Dr. Enrico Ortolani.
A limpeza do local do nascimento dos bezerros, que preferencialmente deve ser gramado, é importante para evitar infecções. É indicado o uso de produtos detergentes antimicrobianos nesta assepsia, como por exemplo, Biocid, desinfetante bactericida e viricida da Pfizer Saúde Animal. As verminoses devem ser combatidas por meio de vermifugações até o segundo ano de vida. “O ideal é que os animais recebam vermífugos em ciclos nos meses de maio, julho e setembro. Este controle deve ser orientado pelo médico veterinário”, esclarece o professor. O programa Controle Estratégico de Verminoses 5-7-9 é um dispositivo que pode ajudar o produtor a evitar estes problemas, por meio de assessoria de técnicos de campo.
A vacinação é um outro ponto fundamental para a sanidade de qualquer rebanho. Uma das vacinas mais importantes é contra a febre aftosa, que deve ser aplicada duas vezes ao ano, segundo calendário organizado pelo MAPA. As vacinas contra aftosa têm indicação para aplicação aos quatro meses de idade e a partir daí, reaplicadas semestralmente. “Outra vacina que merece atenção especial é a contra manqueira ou carbúnculo sintomático. Muitos bovinos costumam morrer desse problema até os quatro anos de idade e para prevení-lo alguns pecuaristas associam esta vacina a outras, para o combate de gangrena gasosa e enterotoxemia”, explica Ortolani. A Pfizer possui as vacinas Fortress 7 e 8 contra manqueira, gangrena e enterotoxemia, num único produto. A vacinação contra a raiva é recomendada apenas em áreas onde esta doença ocorre de forma endêmica, indicadas pelo MAPA.
Os medicamentos veterinários também são muito utilizados no campo. O professor Ortolani destaca que não há problemas nesse uso, desde que sejam respeitados alguns procedimentos. “É fundamental criadores e veterinários estarem atentos às instruções da bula. Certos vermífugos de ação prolongada e residual, não devem ser aplicados em bovinos prestes a irem ao abate e que entram em sistema de confinamento com duração inferior a 100 dias. Estudos realizados nos principais confinamentos brasileiros identificaram que o tempo médio de permanência neste sistema é de 90 dias”. Em 2009, a Pfizer lançou Treo ACE, um endectocida de alta concentração e ação prolongada que possui apenas 63 dias de carência para o abate.
Na fase adulta dos animais, o período mais apropriado para o abate depende da estratégia de cada criador e do preço da arroba vigente. “Um ponto chave para envio dos animais para abate é a idade e o peso. Geralmente frigoríficos compram machos e vacas de descarte entre 16 a 20 @ e novilhas entre 11 e 13 @. Quanto mais jovem for o macho ou mesmo a novilha a ser enviada para abate, maior será o pagamento pela @, dependendo do frigorífico comprador e das negociações anteriores. Machos muito velhos, com mais de quatro anos de idade, e touros são pagos com desconto pelos frigoríficos”, explica o professor.
No manejo, antes do abate, alguns cuidados devem ser observados, para a garantia de melhor aproveitamento da carcaça. Neste período pré-frigorífico, o importante é garantir peso. “Tratamentos e revacinações devem ser evitados para não provocar qualquer risco de emagrecimento. No momento do transporte os animais devem ser manejados de forma tranquila para evitar o estresse e a consequente perda de peso”, explica o professor. A lei obriga que antes do abate, os animais permaneçam 24 sem alimentação. É importante que esse seja o tempo máximo em jejum porque se o bovino passar tempo maior que este, o pecuarista terá prejuízos devido à perda de massa gorda e possíveis descontos do frigorífico. Após o abate é fundamental a conservação da carne dentro dos padrões de temperatura adequados até a distribuição para venda ao consumidor final.
As informações são da assessoria de imprensa da Pfizer Saúde Animal.

FONTE: Agrolink

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