Os pecuaristas brasileiros estão festejando a cláusula que reconhece Santa Catarina como uma região livre de febre aftosa. Na realidade, quase inexiste uma produção de carne bovina no Estado. Mas o que pode ter sido usado pelos americanos como um lance inócuo apenas para demonstrar esforço em chegar a um entendimento acabou abrindo uma porta para que os artigos brasileiros alcancem o mercado dos EUA, até agora fechado para a carne in natura.
"Onde passa um boi passa uma boiada", diz José Mário Schreiner, presidente da Faeg (Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás). "Agora, os americanos não vão mais ter argumentos sanitários para barrar as compras de bovinos brasileiros. Se estão aceitando esse Estado, têm que aceitar os demais. Seria uma maravilha", explica Otávio Cançado, diretor executivo da Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne).
No ano passado, os EUA importaram cerca de US$ 4 bilhões em carne, praticamente o total do volume exportado pelo Brasil, no período, para 180 países. (DENYSE GODOY)
FONTE: Folha de São Paulo
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