Após vários casos em 2009, uma tentativa de tomar indevidamente verba do crédito rural foi impedida pela Secretaria da Agricultura (Seappa) nesta temporada de venda de terneiros. As regras eram dribladas para garantir financiamento com juro de 6,75% ao ano, taxa restrita a negócios em exposições oficiais. Ao oficializar a data, o promotor do evento sela o compromisso de apresentar animais dentro do padrão zootécnico e sanitário exigido pela Seappa. Em certos casos, não era o que acontecia.
Pelo esquema, pessoas físicas, associações, sindicatos rurais e até prefeituras encaminhavam o pedido de oficialização da feira à Seappa, que centraliza as solicitações em uma lista que é publicada no Diário Oficial do Estado. Com o documento, os organizadores pediam aos bancos a dotação de verba para o evento. No entanto, havia casos de solicitação de retirada do calendário um ou dois dias antes da realização, quando já não havia tempo hábil para o cancelamento do crédito. Os bancos financiam feiras não oficiais em operações comerciais, com juros de 10,30% ao ano. Representantes do setor condenam a atitude, considerada prejudicial ao setor.
Com a portaria n 48 da Seappa, feiras cujo descredenciamento seja solicitado em cima do laço serão excluídas do calendário do ano seguinte. O chefe de exposições e feiras da Seappa, José Arthur Martins, acredita que a medida coibirá o problema. "A função de uma feira de terneiros é promover o melhoramento racial, não fomentar a venda de gado geral." O superintendente executivo da Unidade de Negócios Rurais do Banrisul, Luiz Fernando Nunes, salienta que é priorizado financiamento de gado revisado e com documentação que ateste a qualidade.
CONDIÇÕES PARA OFICIALIZAÇÃO
- Peso mínimo do terneiro de 160 kg;
- Terneiros inteiros ou castrados por estirpação de testículos;
- Comprovar vacinação contra aftosa;
- Testes com resultados negativos para brucelose e tuberculose;
- Pesagem no parque ou local de realização da venda.
FONTE: Correio do Povo
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