sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Acordo: Brasil e Russia perto de um acordo para exportação de carnes.

Posição definitiva de Moscou será conhecida no final de outubro, durante reunião da OMC.

As condições para importação da carne brasileira pela Russia só serão conhecidas no fim de outubro durante reunião do Conselho Geral da OMC, Organização Mundial do Comércio, em Genebra, Suiça. O governo russo sinalizou que poderá melhorar as condições de entrada das carnes brasileiras em seu mercado, em contrapartida, quer ampliar suas exportações de trigo, fertilizantes e outros agroquímicos para o mercado brasileiro.
Após 18 anos de negociações, a Rússia quer se tornar membro da OMC até o fim do ano. Para isso, precisa fazer concessões a vários países a fim de ter apoio ao seu pleito. Durante reunião com Elena Skrinnik, ministra da agricultura russa, o ministro da Agricultura, Wagner Rossi,que chefiou missão brasileira em Moscou nos dias 11 e 12 de outubro, insistiu que o Brasil não quer ser discriminado. " Temos condições de fornecer as melhores carnes para o mercado russo em condições mais vantajosas, inclusive para os consumidores", disse.
De acordo com o jornal Valor Econômico, Skrinnik lembrou que o Brasil já é o principal fornecedor de carne bovina e este ano sequer preencheu a cota de exportação de carne suína. Dados do Ministério da Agricultura confirmam que o Brasil embarca por ano o equivalente a US$ 1 bilhão em carne bovina para a Rússia.
No caso da carne suína, houve queda nas exportações este ano porque os russos não querem pagar o preço cobrado pelo Brasil. Com o real valorizado, o produto brasileiro perdeu competitividade. Em anos anteriores, a participação da carne suína brasileira na Rússia caiu, de 70,7% em 2005 para 39,6% em 2009, enquanto a fatia dos EUA e da UE pulou de 24,2% para 53,4%, neste período, depois que a Russia privilegiou os dois grandes parceiros com cotas de acesso. Para o frango, a Rússia admitiu que poderá estabelecer cota sem discriminação geográfica para a importação do produto. Se a cota for aberta a todos, o Brasil tem condições de competir.

Fonte: Valor Econômico

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