Depois de iniciar os negócios nesta sexta-feira acima dos R$ 99/arroba, por volta de 12h30 o vencimento novembro do mercado do boi gordo atingiu o esperado patamar dos R$ 100,00 para os contratos negociados a futuro na BM&F (Bolsa de Mercadorias e Futuro).
De acordo com a analista de mercado Lygia Pimentel, da XP Agro, essa alta de preços do boi gordo teve início em dezembro do ano passado, em pleno início da safra. Depois disso, o mercado físico andou bem, mas os futuros acompanharam "de longe" o movimento, o que acabou levando a um primeiro semestre pessimista. O alto custo do boi magro, a relação de troca ruim e os preços futuros vigentes na época não estimularam o confinador a colocar seus animais no cocho.
Agora, diante de uma entressafra com poucos animais de pasto e pouquíssimos animais de cocho, o mercado físico sobe vertiginosamente e os futuros acompanham o "atraso".
Como não há indicação de reversão desta tendência no curto prazo, o sentimento é positivo para o fim de outubro, novembro e dezembro. Os preços do boi no mercado físico estão entre os mais altos do periodo histórico, embora na BM&F já chegaram a alcançar os R$103,00/@ em 2008. Por isso o ajuste para os R$100,00 desta sexta-feira já era esperado desde a semana passada e, apesar de chamar a atenção, não surpreendeu aqueles que acompanham o mercado. Mas o fato é que uma importante resistência (a barreira dos R$ 100,00) foi rompida.
A pouca oferta de animais terminados tem deixado os preços esticados e em alta praticamente contínua há algum tempo, complicando a situação da indústria, que precisa se desdobrar para conseguir preencher as programações de abate de modo a não forçar as cotações para cima.
Nos últimos dias, no entanto, isso não tem sido possível. Apenas na última semana o boi em São Paulo subiu 3,26%, de acordo com a pesquisa da XP Agro, e as escalas de abate seguiram encurtando de 5 para 3 dias úteis, em média.
O segundo turno do confi namento não promete mudar muito a situação, já que o alto preço do boi magro e a relação de troca ruim não estimularam o confi nador no primeiro semestre.
Sendo assim, a tendência ainda é de mercado firme para esta entressafra.
Clique aqui e confira a análise na íntegra.
Fonte: XP Agro
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