Rogério Goulart, administrador de empresas, pecuarista e editor da Carta Pecuária cartapecuaria@gmail.com Reprodução permitida desde que citada a fonte |
Semana passada colocamos um gráfico parecido com esse aqui abaixo. A diferença são os valores com impostos. Essa semana atualizei as contas e coloco os preços à vista, livre de impostos. Arroba de SP, certo? Assim a arroba mostrada aqui fica mais próxima do nosso dia a dia. Note nessa sexta-feira uma arroba valendo ao redor de 105 reais à vista e o atacado está a indicar atualmente um potencial de 108 reais. É a mesma história da semana passada, o atacado está puxando a arroba para cima. O que o pecuarista pode fazer com esse tipo de informação? Negociar com o frigorífico. Uma arroba ao redor de 100 reais fora de SP tanto é possível como já está ocorrendo nos estados vizinhos. Seguindo em frente, outra maneira de olhar a movimentação dos preços é analisar as carnes propriamente ditas e suas respectivas forças. Observem os gráficos do traseiro bovino e da carcaça casada. Chamo a atenção do leitor para olhar atentamente esses dois gráficos anteriores. Repare como o traseiro está bem próximo de encostar no PICO do ano passado. A carcaça casada também está em ritmo acelerado para tentar atingir o mesmo objetivo. Não sabemos o que vai ocorrer, é claro. Pode ter sido o pico da arroba nessa semana? Pode. Porém, algo nos diz que ainda temos um pouco mais de suco para espremer antes de jogar essa laranja fora. Observe esse mesmo estudo no gráfico da arroba do boi, a seguir. Note como a alta da arroba está atrasada no mesmo tipo de análise entre os três gráficos. Esse é o mesmo gráfico que coloquei na semana passada, só que atualizado. Outra coisa interessante nesse gráfico, e que também comentei semana passada, tem a ver com o conceito dos 50%. Semana passada ainda estávamos muito abaixo dele. Agora acabamos de cruzá-lo. Como o mercado muda rápido em apenas uma semana, não é? A ideia dos 50%, caro leitor, é simples. Depois que um preço rompe os 50%, ele vai tentar buscar o pico anterior. Existe, então, um valor na cabeça de todo mundo, e esse valor é o pico de 115 reais da arroba de 2010. Chegaremos lá? Não sei. Na atual conjuntura? Mercado interno, ok... Mas e o externo? Frigoríficos grandes publicando prejuízos astronômicos, outros reduzindo seus lucros... Mas estou otimista. Salários médios com recordes de alta, desemprego com recordes de baixa. Recorde de venda de motos. Filas em restaurantes... Posso estar enganado, mas esses não são os típicos sinais de um país com piora em seu consumo. Para terminar, outro gráfico a seguir. Esse é tradicional e pioneiro aqui na Carta Pecuária. Você não achará esse estudo em outro lugar. É o gráfico da arroba do bezerro versus a arroba do boi gordo. Repare que o boi gordo “buscou” o bezerro ano passado ao redor dos 117 reais (115 livre de impostos). Ou seja, o boi subiu até encostar no bezerro, que valia ao redor disso. Hoje isso seria o que? Hoje o bezerro vale 118 reais. Chegaremos lá? Não sei. Mas o que sei é que nesse intervalo quero estar bem atento para ir negociando gado gordo com frigorífico e fechar o ano vendendo boi com preços médios maiores que o primeiro semestre. O que esperar mais? |
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
Preço do boi no pico ou ainda tem mais?
Postado por
Eduardo Lund / Lund Negócios
às
09:30
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