Hoje, os exportadores uruguaios e os importadores russos estão no meio de uma guerra de preços, porque sabem que não há cota (a de 2011 já se expirou) e, além disso, não há carne. Isso porque o Uruguai fechará o ano com os abates mais baixos dos últimos anos. Com a escassez de gado, esse ano serão abatidos cerca de 2,2 milhões de bovinos.
Segundo gerente da empresa exportadora de carnes e outros alimentos do Uruguai, Mirasco Internacional, Samy Ragi, a cota nova (ano de 2012) será conhecida após 10 de janeiro. Em 2011, os países que formam a Federação Rússia conseguiram se manter como os principais mercados para a carne bovina uruguaia e os miúdos.
Segundo dados do Instituto Nacional de Carnes do Uruguai (INAC), até 26 de novembro, o país exportou à Rússia 103.425 toneladas peso carcaça, quando no mesmo período de 2010, tinham sido exportados 107.896 toneladas.
Por outro lado, o operador valorizou a possibilidade de que o Centro de Divulgação do Islã para a América Latina (Cedial), organismo com sede no Brasil, comece a certificar abates Halal. O Uruguai teve autorização expirada do ritual em vários centros islâmicos que não estavam habilitados para terceiros países.
A solução desse problema permitirá aos frigoríficos uruguaios chegar a mercados como Malásia e outros nichos que somam valor, mas que requerem controles estritos sobre os alimentos que compram e sobre o ritual de abate. "A nova certificadora ajudará bastante. O Cedial é a certificadora mais importante do Brasil e conta com um grande respeito".
Fonte: site El País Digital, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.
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